Parlamento recomenda alargamento do Programa Nacional de Vacinação 518

Parlamento recomenda alargamento do Programa Nacional de Vacinação

06 de Agosto de 2015

A Assembleia da República quer que o Governo estude a possibilidade de alargar o Programa Nacional de Vacinação (PNV), incluindo mais duas vacinas às que já são atualmente administradas no Serviço Nacional de Saúde. São estas a uma vacina contra a meningite B e uma vacina para as gastroenterites pediátricas causadas pelo rotavírus.

 

No caso da primeira vacina, cada dose custa quase 100 euros e podem ser necessárias entre duas a quatro. A segunda varia entre os 50 e os 70 euros consoante a marca, sendo que a mais barata exige três doses e a segunda apenas duas. Neste segundo caso pede-se também um estudo da eficácia da vacina, noticiou o “Público”.

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Ambas as vacinas costumam ser recomendadas pelos pediatras, mas não fazem parte do PNV, pelo que não têm qualquer comparticipação. No caso da vacina para a infeção por rotavírus, os dados da Sociedade Portuguesa de Pediatria, relativos ao período de outubro de 2008 a setembro de 2009, indicam que, nesse período, mais de um quarto das crianças atendidas nos serviços de urgência de dez hospitais portugueses com sintomas de gastroenterite tinham uma infeção relacionada com este vírus.

 

Em relação à meningite B, a Sociedade Portuguesa de Pediatria também já defendeu publicamente a segurança e eficácia da vacina, reforçando que esta é uma doença rara mas grave. Em 2011 a incidência foi de apenas 0,58 casos por cada 100 mil habitantes, mas em 5% das situações pode ser fatal ou ainda deixar outras sequelas neurológicas e cognitivas. Os principais afetados são as crianças até um ano de idade.

 

A resolução propõe, ainda, que o Governo inclua no PNV a vacina antipneumocócica. Mas, entretanto, a tutela já desde o dia 1 de julho que está a dispensar gratuitamente para todas as crianças que nasceram em 2015 a imunização com a Prevenar 13, contra doenças causadas pela bactéria pneumococo, como a pneumonia, a meningite, otite ou a septicémia e que era aconselhada pela própria Organização Mundial de Saúde. A vacina será também comparticipada para todos os que a queiram tomar, ao abrigo do último escalão (15 %), desde que seja comprada na farmácia com receita médica.