Parte dos problemas que levaram às demissões no “S. João” já estão resolvidos
8 de julho de 2014
O presidente do Centro Hospitalar de S. João do Porto disse hoje que «grande parte» dos problemas que levaram à demissão em bloco de todos os diretores de serviço e de departamento naquele hospital «já estão resolvidos».
«As coisas estão a correr muito bem, esperemos que os problemas que identificámos continuem a ser resolvidos, sem qualquer convulsão ou problema», afirmou António Ferreira.
O presidente do Centro Hospitalar de S. João, que falava aos jornalistas a propósito da greve de dois dias dos médicos, que hoje começou, disse ainda que a administração se mantém «em diálogo com o Governo permanentemente».
«Grande parte das questões já estão resolvidas», frisou, citado pela “Lusa”.
Depois de apresentarem a demissão, a 19 de junho, as lideranças intermédias daquele centro hospitalar decidiram suspender a decisão. Os diretores de serviço e de departamento avaliaram favoravelmente as soluções propostas pela tutela e aguardam a sua concretização por parte do Governo nos prazos definidos, a maioria dos quais decorre até 15 de julho.
As razões desta demissão conjunta relacionam-se com o facto de «a qualidade na prestação de cuidados de saúde à população estar em risco», com «a desvalorização do Centro Hospitalar de São João e da sua missão no contexto da região e do país» e com «a impossibilidade da implementação do desenvolvimento estratégico do Centro Hospitalar de São João».
No comunicado divulgado a 19 de junho é ainda apontado como motivo para a saída em bloco dos dirigentes o impedimento do completo ato de gestão por parte «do Conselho de Administração e das estruturas intermédias de gestão do Centro Hospitalar, por via da centralização administrativa, no que concerne a políticas de recursos humanos, investimentos, manutenção estrutural, infraestrutural e de equipamentos e compras, que afetará gravemente a prossecução da sua missão e a atividade assistencial, apesar de, reiteradamente, o Centro Hospitalar de São João apresentar resultados económico-financeiros positivos e resultados clínicos e assistenciais ao nível dos melhores da Península Ibérica».