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Para muitos especialistas do setor, o conceito Patient Centricity veio para ficar. Consideram mesmo ser uma strategic necessity, muito particularmente para as empresas que querem apostar na implementação de modelos de negócio mais sustentáveis, assentes em parcerias, em programas mais colaborativos e outros tipos de relações win-win com os stakeholders (públicos ou privados). Se até há bem pouco tempo a prescrição de apenas um fármaco seria a resposta normal a uma necessidade pontual de qualquer doente, hoje já se identificam prescrições de fármacos + terapêuticas coadjuvantes, de fármacos + programa educacional para este doente específico, de fármacos + app para garantir melhor adesão terapêutica, etc etc etc. E é esta diversidade de soluções que melhor nos desperta para a diversidade da oferta. Uma estratégia desenhada com o doente no centro do sistema, proporciona ações tão diversas como parcerias com técnicos de saúde, cuidadores ou associações de doentes para iniciativas que combatam a literacia, monitorização de terapêuticas para garantir compliance ou melhorar controlo de reações adversas. São exemplos de iniciativas que tanto podem ser executadas numa perspetiva institucional, de efetiva responsabilidade social mas também com uma visão mais business-oriented. A Indústria Farmacêutica e de um modo mais abrangente a indústria dos cuidados de saúde vive e evolui também em função dos resultados que alcança. Não há que recear falar na atividade de vendas que lhes dá suporte (estejam em causa produtos, dispositivos médicos, equipamentos, serviços, entre outros). O que a sociedade moderna exige é que o façam com transparência, ética e responsabilidade. Que estejam disponíveis para minimizar os impactos negativos que afligem a saúde das populações e se proponham maximizar os resultados positivos da sua atividade – promover a saúde e o bem-estar. Para tal o setor já dispõe de ferramentas de marketing (em alguns casos com suporte Web) que proporcionam verdadeiras “soluções à medida”. Falamos dos Patient Services. São verdadeiros programas de suporte aos doentes que facilitando e complementando a atividade dos técnicos de saúde ou de cuidadores, aportam significativos e mensuráveis ganhos em saúde. Muito haverá de âmbito regulamentar para produzir, mas Portugal não pode deixar de acompanhar os países mais avançados na defesa dos direitos dos doentes. Afinal estamos a falar de Direitos Humanos! |
