Paula Alves, CEO do iBET, Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, e investigadora do ITQB (Universidade NOVA de Lisboa), foi nomeada para o Comité Científico da Innovative Medicines Initiative (IMI – www.imi.europa.eu).
Criada em 2008, a IMI é a maior parceria público-privada (PPP) mundial na área das Ciências da Vida e foi estabelecida entre a Comissão Europeia e a EFPIA (European Federation of Pharmaceutical Industries and Associations).
Com um orçamento de 3.3 biliões de euros para o período de 2014-2020, esta iniciativa tem como principal objetivo financiar investigação em saúde e inovação para o desenvolvimento de medicamentos mais eficientes e terapias mais seguras, reunindo uma rede de especialistas de universidades, indústria farmacêutica, pequenas e médias empresas, associações representantes de doentes e agências reguladoras do medicamento.
A IMI pretende proporcionar não só benefícios sócio-económicos para os cidadãos europeus, como também contribuir para que a investigação na Europa ocupe um lugar de liderança na área dos medicamentos inovadores.
«Esta nomeação para o Comité Científico da IMI é um motivo de orgulho, pois vem reconhecer a qualidade e impacto internacional da investigação que se faz no iBET na área do desenvolvimento de Biofármacos», declarou Paula Alves numa nota.
O comité científico, constituído por 12 especialistas de reconhecido mérito internacional, tem como função aconselhar a IMI em assuntos estratégicos de base científica, nomeadamente sobre as prioridades científicas a ser integradas na agenda estratégica de investigação, nos planos de trabalho anuais e os resultados científicos obtidos e divulgados anualmente.
Recorde-se que, no ano passado, Paula Alves foi nomeada presidente da Sociedade Europeia de Tecnologia de Células Animais (ESACT, www.esact.org), a maior organização de tecnologia de células animais com mais de mil membros, incluindo cientistas e engenheiros de diversas áreas.
Paula Alves é formada em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e possui um doutoramento em Engenharia Bioquímica pelo Instituto de Tecnologia Química Biológica da Universidade Nova de Lisboa (ITQB NOVA). Trabalhando na área de Tecnologias de Células Animais desde 1990, o seu doutoramento contribuiu para o estabelecimento de modelos tridimensionais in vitro de células cerebrais para análise de tráfico metabólico. É investigadora principal do ITQB NOVA desde 2005, CEO do iBET, onde é igualmente diretora da Unidade de Tecnologia de Células Animais e coordena o trabalho de cinco laboratórios, e é docente na Universidade Nova de Lisboa nos Programas de Doutoramento.