Paulo Macedo admite lista «significativa» para transplantes renais 19 de setembro de 2014 O ministro da Saúde, Paulo Macedo, admitiu ontem que a lista de espera para transplante renal é «significativa», defendendo a necessidade de avançar para uma recuperação mais intensa. «Tivemos uma redução no número de transplantes renais. Fizemos várias alterações na recolha de órgãos e estamos a aumentar significativamente o número de transplantados, quer na área renal quer nas outras áreas. Na área renal temos de fazer uma recuperação mais significativa», sustentou Paulo Macedo, à margem da 47.ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Nefrologia Pediátrica que decorre até sábado no Porto. Segundo a “Lusa”, Paulo Macedo defendeu a aposta em «centros de referência devidamente identificados» e destacou o facto de esta semana ter sido decidido que «o apoio aos doentes transplantados passou a ser idêntico ao de doentes oncológicos». Na intervenção que fez, o ministro apontou a existência de cerca de 800 mil pessoas que sofrem problemas renais crónicos em Portugal, referindo que são descobertos cerca de 2.000 novos casos todos os anos e reconhecendo que a lista de espera para transplante é «significativa». Sobre o tratamento de doentes renais, o ministro da Saúde assegurou que não fará qualquer descentralização de tratamentos que envolvam especialização. «Faremos alguma descentralização no acompanhamento mas há áreas que não queremos descentralizar. Que fique muito claro: Há áreas que são de grande especialização e que os doentes ganham. Não faremos numa área de grande especialização dispersão pelo país. Não fazemos nós nem nenhum pais do mundo», acentuou. O ministro da Saúde aproveitou para destacar que, neste encontro, que não se realizava em Portugal há 30 anos, junta pela primeira vez três sociedades da área, referindo-se à EWOPA (European Working Group on Psychosocial Aspects of Children with Chronic Renal Failure), ERA-EDTA (European Renal Association-European Dialysis and Transplant Association) e IPNA (International Pediatric Nephrology Association). «O setor da nefrologia e da insuficiência renal crónica constitui uma das nossas prioridades», garantiu o ministro da Saúde, perante algumas centenas de especialistas da área, 90% dos quais estrangeiros, conforme dados da organização que destaca a presença de representantes dos quatro continentes. |