Paulo Macedo: Casos de tuberculose vão atingir mínimos históricos 594

Paulo Macedo: Casos de tuberculose vão atingir mínimos históricos

22 de dezembro de 2014

O ministro da Saúde estimou na sexta-feira que no próximo ano Portugal fique pela primeira vez abaixo dos 20 casos de infeção por tuberculose por cada 100 mil habitantes, aplaudindo os resultados do relatório “Portugal – Infeção VIH, SIDA e Tuberculose”.

Falando na abertura da sessão de apresentação pública do documento da Direção-Geral da Saúde, Paulo Macedo apontou os «dados sobre a diminuição de novos casos de sida», o que demonstra o «bom comportamento de números de população heterossexual e dos profissionais do sexo».

O relatório, citado pela “Lusa”, revela que o número de novos casos de VIH e de sida diminuíram acentuadamente em 2013, assim como o número de mortes associadas à infeção, e que a transmissão através de relações sexuais entre homens foi a única que aumentou.

Mas também os resultados relativos à tuberculose foram motivo de satisfação para o ministro, que sublinhou o facto de Portugal estar agora a pouco mais de 21 casos por 100 mil habitantes, «a caminho da meta dos 20 por cem mil».

«O número de casos novos em 2013 baixou 7% quando comparado com 2012 e as nossas espectativas para o ano de 2014 são de que podemos ficar pela primeira vez abaixo dos 20 casos por cem mil habitantes», afirmou o ministro.
 
Paulo Macedo reconheceu contudo haver ainda indicadores que precisam de ser muito melhorados, ao nível de prevalências em muitas áreas, que estão «acima do que é desejável».

«Comparamo-nos internacionalmente, em áreas como a diabetes, a sida e as pneumonias, ainda mal com outros países», sublinhou.

As cidades do Porto e, em particular, de Lisboa foram as que registaram maior incidência de casos de tuberculose e também de novos casos de VIH, o que levou o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde a lançar algumas críticas ao presidente da autarquia, pela sua ausência.

No final da apresentação do relatório, Fernando Leal da Costa considerou que seria importante a presença de «elementos da Câmara Municipal de Lisboa».

«Compreendemos bem que agora as obrigações do presidente da Câmara serão porventura outras também, e por isso mesmo, se calhar, não pode dar tanta atenção a estes assuntos. Mas considerando as ambições entendíveis do presidente da Câmara de Lisboa, seria bom que ele também aproveitasse estas oportunidades para começar a aprender um pouco mais sobre o país que o rodeia e sobre a sua cidade», afirmou.