Pelo menos 58 mortos desde fevereiro por doença desconhecida associada à malária na RDCongo 327

Pelo menos 58 pessoas morreram desde fevereiro num surto de uma doença desconhecida que parece estar ligada à malária e a outras doenças no noroeste da República Democrática do Congo (RDCongo), confirmou a União Africana.

“Com base nos resultados laboratoriais, é claro que se trata principalmente de malária”, disse o diretor-geral dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África), John Kaseya, na conferência de imprensa online mensal, a que a Lusa assistiu.

“Neste caso, somos claros. Não estamos a falar de febre hemorrágica, estamos a falar de malária agravada pela desnutrição e outros problemas“, disse Kaseya.

 De acordo com a agência de saúde pública da União Africana (UA), sediada em Adis Abeba, capital da Etiópia, foram registados 2.957 casos suspeitos da doença, incluindo 58 mortes, em cinco aldeias da província de Equateur: Ekoto, Lilangi, Lisafa, Basengela e Bafumba.

Segundo a agência, as causas prováveis são a própria malária, a suspeita de envenenamento por alimentos ou água, a gripe e a febre tifoide.

Os principais sintomas incluíam febre, calafrios, dor de cabeça, mialgia (dor muscular), suores, rinorreia (congestão nasal), rigidez no pescoço, tosse, vómitos, diarreia e cólicas abdominais.

No ano passado, na província de Kwango, no sudoeste deste país que faz fronteira com Angola, uma outra doença desconhecida causou pelo menos 891 casos entre o final de novembro e meados de dezembro, incluindo 48 mortes.

Estes casos, após análise laboratorial, sugeriam uma combinação de vírus respiratórios sazonais e de malária complicada por desnutrição, concluiu a Organização Mundial da Saúde (OMS) em dezembro.