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“Peso da Saúde” sensibiliza portugueses para os riscos da obesidade

14 de Julho de 2015

Desde ontem e até ao final de agosto, os banhistas portugueses vão ser desafiados a experienciar o dia a dia de alguém com excesso de peso, no âmbito de uma campanha de sensibilização para os riscos da obesidade.

 

Segundo noticiou o “Público”, o Peso da Saúde, um projeto desenvolvido pela empresa Keypoint em parceria com a Direção-Geral da Saúde (DGS), vai decorrer em 21 praias de todo o país, em tendas montadas para o efeito. 

 

Os interessados podem participar nas três etapas desenhadas. Primeiro submetem-se a uma avaliação corporal com vários parâmetros medidos e em que os técnicos vão explicar o que é um índice de massa corporal e como se define a obesidade.

 

Depois, os participantes podem ficar a saber, com o índice de massa corporal que têm, quais os riscos em que incorrem em termos de obesidade, nomeadamente a predisposição para doenças como a diabetes e hipertensão. A informação será também dada na forma de um relatório que as pessoas podem guardar. 

A terceira fase vai socorrer-se de simuladores para que os participantes possam de forma rápida conhecer a sensação de ganhar 10 quilogramas, mas também os efeitos de uma das principais causas de morte em Portugal e que gera também muitos anos sem qualidade de vida: o AVC.

 

O último relatório Portugal – Alimentação Saudável em números 2014, publicado em dezembro pela DGS, estima que em Portugal existam um milhão de obesos e 3,5 milhões de pré-obesos e que cada português adulto tem disponíveis por dia, em média, 3.963 calorias – quase o dobro do que é aconselhável (entre as 2.000 e as 2.500 calorias).

 

Mais recentemente, em fevereiro, o estudo “Tendências na saúde dos jovens e determinantes sociais” alertava também que o número de jovens que sofrem de excesso de peso e obesidade não está a diminuir em Portugal. Em 2002, 19% dos rapazes adolescentes portugueses apresentavam excesso de peso ou obesidade. Em 2010, eram 21,34%. Nas raparigas, as taxas oscilaram entre os 13,54% e os 15,87% (respetivamente em 2002 e 2010).