Um conjunto de Farmacêuticos lançou recentemente uma petição pública onde exigem mais “reconhecimento e dignidade” na “defesa e valorização” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Com 6 mil assinaturas, surge “em nome dos Farmacêuticos a exercer funções em Instituições nacionais e regionais tuteladas pela Administração Pública” e expressa “preocupações e reivindicações com a valorização da profissão e melhoria das condições de trabalho no setor da Saúde”. O objetivo prende-se com a valorização e defesa do SNS “universal e de qualidade, que garanta os melhores cuidados de Saúde aos seus utentes”.
Estes Farmacêuticos lembram a “segunda greve em 30 anos”, realizada em junho, e garantem ser “discriminados quando comparados com os outros profissionais de Saúde com os quais colaboram diariamente na sua vida hospitalar, ao não terem o justo reconhecimento da dignidade e do valor da sua atividade”, lê-se na reclamação.
A não revisão e atualização da tabela remuneratória (que é “datada de 1999”), o facto de serem “responsáveis pela gestão da segunda maior rubrica do orçamento de estado para a saúde”, e a precariedade (salarial e de tipologia contratual) fazem parte das razões que justificam esta petição.
Os signatários criticam ainda a não contagem integral do tempo de serviço no SNS, a insuficiência do número de profissionais, a desigualdade entre Farmacêuticos e “o não reconhecimento dos títulos de especialistas atribuídos pela Ordem dos Farmacêuticos para efeitos de integração nas Carreiras Farmacêuticas públicas”.
Ao ultrapassar as 2500 assinaturas, a petição está elegível para ser apreciada em comissão parlamentar. São necessárias 7500 assinaturas para que esta possa ser analisada em plenário da Assembleia da República.