Pfizer proíbe uso dos seus produtos em execuções nos EUA 16 de Maio de 2016 A Pfizer anunciou na sexta-feira restrições à venda de alguns dos seus produtos para evitar que sejam usados nas execuções de condenados à morte nos Estados Unidos da América (EUA). «Estamos a restringir a distribuição de determinados produtos que integravam os protocolos de execução de determinados estados [norte-americanos]. A Pfizer opõe-se firmemente ao uso destes produtos nas injeções letais», afirmou a empresa, num comunicado, citado pela “Lusa”. Segundo o jornal “The New York Times”, a Pfizer era a última empresa farmacêutica norte-americana e europeia que ainda não tinha dado este passo. A empresa publicou uma lista de sete produtos que passará a distribuir de forma restrita a um grupo selecionado de vendedores sob a condição de que não serão comercializados para as injeções letais. Nos últimos cinco anos, cerca de 20 empresas farmacêuticas europeias e norte-americanas bloquearam a utilização dos seus produtos nas execuções de condenados nos EUA. Para contornar a situação, estados como o Arizona ou o Texas tentaram comprar os produtos na Índia, mas as substâncias foram confiscadas pelas autoridades federais norte-americanas à entrada no país. Alguns estados, como Texas, têm conseguido os fármacos para as execuções em pequenos laboratórios que não são identificados. Há também estados que já aprovaram o recurso a métodos alternativos para as execuções, como fuzilamentos (Utah), cadeira elétrica (Tennessee) ou asfixia com hidrogénio (Oklahoma), embora nenhum deles os tenha usado nos últimos anos. Noutros casos, como o do Ohio, as execuções foram suspensas por falta de meios para as concretizar. |