Pilotos e tripulação de aviões têm mais probabilidades de contrair cancro da pele 04 de setembro de 2014 Os pilotos da aviação e a tripulação de cabine têm duas vezes mais probabilidades de sofrerem de cancro da pele devido à exposição regular aos raios ultravioletas do sol em altitude, segundo um estudo de investigadores norte-americanos hoje divulgado.
A análise a 19 estudos, que envolveram mais de 266 mil pessoas, permitiu concluir que a incidência de melanoma é entre 2.21 e 2.22 mais elevada para pilotos e 2.09 superior para assistentes de bordo, ou mais do dobro da taxa da população em geral.
A taxa de incidência foi atribuída a raios ultravioletas que penetram nos aviões a alta altitude através das janelas do cockpit e da fuselagem, disse a autora do estudo, Martina Sanlorenzo, da Universidade da Califórnia, em São Francisco, indicou a “Lusa”.
Os investigadores demonstraram que a 9.000 metros (30.000 pés) acima do nível do mar – a altitude de cruzeiro para a maioria dos aviões comerciais – os raios ultravioletas cancerígenos eram duas vezes mais poderosos.
Os níveis eram ainda mais elevados quando os aviões atravessam camadas espessas de nuvens, que refletem até 85% dos raios prejudiciais.
O estudo mostrou ainda que apesar de ser reconhecido o risco para os pilotos e a tripulação, a exposição ultravioleta não é bem reconhecido como risco ocupacional.
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