PJ deteve duas farmacêuticas por alegadas burlas ao SNS 693

PJ deteve duas farmacêuticas por alegadas burlas ao SNS

23 de Junho de 2015

A Polícia Judiciária (PJ) deteve duas farmacêuticas por alegados crimes de burla qualificada ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) num montante que deverá ultrapassar os 100 mil euros, informou hoje esta polícia de investigação criminal.

Em comunicado, a PJ refere que as farmacêuticas têm 39 e 70 anos e que serão presentes a Tribunal para primeiro interrogatório judicial, apontou a “Lusa”.

A atuação das farmacêuticas consistia em simular a venda de medicamentos comparticipados, ficando os clientes com um crédito nas farmácias para compra de outro tipo de produtos não comparticipados.

A operação – realizada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ – envolveu várias buscas, quatro das quais domiciliárias, nas quais foi apreendida documentação e material relacionado com a prática da atividade criminosa que está a ser investigada.

A investigação foi dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP) e contou com a colaboração do Ministério da Saúde.

 

Farmacêuticas detidas trabalhavam em farmácia de Lisboa

As duas farmacêuticas detidas hoje pela Polícia Judiciária (PJ) por alegados crimes de burla ao Sistema Nacional de Saúde (SNS) trabalhavam numa farmácia em Lisboa, disse à agência “Lusa” fonte da PJ.

A mesma fonte acrescenta haver mais pessoas envolvidas na investigação, nomeadamente clientes da farmácia, ainda que mais ninguém tenha sido detido.

Estima-se que o valor das burlas ao SNS ascenda a mais de 100 mil euros, disse a fonte da polícia, acrescentando que a investigação às funcionárias da farmácia durava há mais de um ano.

As farmacêuticas utilizavam receitas do SNS, aproveitando os montantes dos medicamentos comparticipados e não transacionados para dispensar outros medicamentos aos clientes, um procedimento que obviamente, tinha que ter a permissão destes, acrescentou a fonte da PJ.