Plataforma digital para análises clínicas nos Açores em funcionamento 21 de Junho de 2016 Uma plataforma digital para análises clínicas está em pleno funcionamento nos Açores, num investimento de meio milhão de euros que se estima poupe meia tonelada de papel e 250 mil horas anuais, foi hoje anunciado. Designada de “MyCliniData”, a plataforma permite que os resultados das análises efetuadas estejam disponíveis para os utentes que as realizaram (através de um código de acesso e palavra-passe entregues no momento da colheita) e para os médicos por si indicados, em qualquer unidade de saúde ou hospital da região. Na apresentação da iniciativa, no centro de saúde da Graciosa, ilha onde o executivo açoriano está a realizar uma visita estatutária, o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, destacou a desmaterialização que a plataforma permite, assim como a acessibilidade. «As principais vantagens deste projeto que hoje está já em funcionamento pleno em toda a região prendem-se, fundamentalmente, com a desmaterialização», afirmou Vasco Cordeiro, destacando «o facto de muito mais facilmente, quer do ponto de vista do acesso, quer do ponto de vista da consulta, esses dados poderem ser acedidos em qualquer parte» da região. O chefe do executivo açoriano apontou o facto de para o utente esta plataforma representar a «desnecessidade de deslocações», realçando, ainda, tratar-se de «uma forma mais rápida, mais prática e mais eficaz» de partilha de informação pelos três hospitais e nove unidades de saúde do arquipélago. Vasco Cordeiro salientou, também, a possibilidade de com este investimento se poder aceder aos resultados de análises que um determinado utente fez ao longo do tempo, conseguindo-se, dessa forma, reduzir eventuais pedidos supérfluos de novas análises. O presidente do Governo Regional acrescentou que este projeto se integra num conjunto que inclui a telemedicina e a imagiologia, sendo que esta última ficará operacional ainda este ano. Segundo informação do Governo Regional, «as análises clínicas suportam 70% das decisões de diagnóstico e tratamento», o que se torna de maior relevância numa zona insular. A mesma informação dá conta de que esta plataforma permite uma poupança de, pelo menos, meia tonelada de papel por ano e de mais de 250 mil horas/anuais despendidas por utentes, médicos e outros funcionários de unidades de saúde. Ao utente acresce a poupança, também, de taxas moderadoras ou absentismo do local de trabalho, referiu a mesma fonte, citada pela “Lusa”. |