Polícia espanhola desmantela rede europeia de falsificação de anabolizantes
29 de maio de 2017 A Guardia Civil espanhola desmantelou hoje uma rede de fabrico, falsificação e distribuição de anabolizantes, apreendendo mais de três milhões de doses e detendo 14 pessoas, entre elas dois culturistas de renome. Em conferência de imprensa, a polícia espanhola informou que os elementos da rede foram detidos em Málaga, Valência, Alicante e Valladolid, no decorrer da operação Dianu, que durou quase dois anos, avançou a “Lusa”. O comandante-chefe do grupo de Delinquência Especializada da Guardia Civil, Juan Jesús Reina, adiantou que a rede recebia as substâncias anabolizantes da China e da Índia, algumas vezes já embaladas, com marcas próprias, mas sem qualquer tipo de controlo sanitário. Noutras ocasiões o material era embalado em Málaga e a rede utiliza ilegalmente o nome de um laboratório famoso para passar uma imagem de credibilidade. Nas etiquetas chegava a mencionar que o produto tinha sido elaborado em países como a Alemanha. A polícia estima que a rede pode ter obtido receitas superiores a 500 mil euros nos últimos três anos devido a esta atividade. A Guardia Civil bloqueou contas bancárias dos detidos – algumas com saldos perto dos dois milhões de euros. Foram apreendidos mais de 120 tipos diferentes de substâncias. Na operação Dianu participaram agentes das alfândegas de França e da Alemanha. A rede tinha três células em Espanha. Na célula de Málaga foram detidas sete pessoas, entre elas um médico e um famoso preparador culturista. Na cidade andaluza existia um laboratório e vários armazéns de produto. Outra célula, com duas pessoas, estava radicada em Valhadolid. Este braço da rede abastecia-se de produto em Málaga e vendia em dois ginásios. A célula de Alicante recebia as substâncias, em bruto ou já terminadas, do estrangeiro, passando-as depois a Málaga. A rede terá feito mais de 3.340 envios de produto para ginásios de Espanha, França e outros países. |