População exige construção de novo hospital no Seixal
7 de julho de 2014
Cerca de 300 pessoas participaram no domingo numa caminhada em defesa da construção de um novo hospital no Seixal, afirmando que o hospital Garcia de Orta, em Almada, está «sobrecarregado e em rotura».
Numa manhã de chuva, as pessoas saíram à rua e percorreram a marginal do Seixal, com faixas e balões em defesa da construção do novo hospital no concelho e também de centros de saúde.
Em agosto de 2009 o governo reconheceu o novo hospital como uma necessidade e celebrou com o município um acordo estratégico para construção, que estava prevista terminar em 2012.
«A presença de tantas pessoas, num dia de chuva como o de hoje, demonstra que o hospital é mesmo necessário. Devia já estar concluído em 2012 mas estamos em 2014 e o projeto de execução não está adjudicado. É uma enorme necessidade para o Seixal e para a região», disse à agência “Lusa” Joaquim Santos (PCP), presidente da Câmara do Seixal.
Enquanto os manifestantes percorriam a marginal do Seixal, pela estrada seguiam carros dos bombeiros e ambulâncias que acompanhavam o protesto, em sinal de solidariedade com a causa.
«A nova portaria do governo tira funções aos hospitais do Barreiro e Setúbal, para concentrar no Garcia de Orta, em Almada, o que ainda agrava o problema e torna mais urgente este hospital. Basta ir ao Garcia de Orta para perceber que o hospital está, em todos os pontos de vista, em rotura, do atendimento à urgência ou estacionamento», defendeu o autarca.
Joaquim Santos referiu que o hospital em Almada está «sobrecarregado» e que todos os estudos indicam que a solução passa pela construção do hospital do Seixal.
«Vamos continuar a lutar. Estamos a reunir assinaturas com o objetivo de, em setembro, conseguir as quatro mil para levar o assunto a discussão na Assembleia da República para que se possam pronunciar», afirmou.
O autarca lamentou também que o ministro da Saúde ainda não tenha respondido ao pedido de reunião dos municípios: «O ministro não recebeu os nove municípios da Península de Setúbal. São quase 800 mil pessoas que pretendem uma reunião».