O risco de se contrair Pneumonia aumenta quase 100 vezes na altura do pico da Gripe, por si só potenciador da doença, e pelas próprias circunstâncias de Portugal, lê-se num comunicado do Movimento Doentes pela Vacinação.
Segundo dados do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, registam-se 57 óbitos por Pneumonia em Portugal, o dobro da média na União Europeia. É assim o país europeu com maior taxa de mortalidade por Pneumonia, que nos internamentos corresponde a uma percentagem de 16%.
No comunicado, o Movimento Doentes pela Vacinação aproveita para alertar de que a melhor forma de prevenir a doença é através da vacinação e avança que a interação entre o vírus da Gripe e o pneumococo aumenta o risco de Pneumonia Pneumocócica em quase 100 vezes. José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão informa que «só por si, a Gripe intensifica o risco de Pneumonia.» «A prevenção continua a ser a melhor solução para travar esta doença».
Previne-se ainda que os sintomas da Gripe podem ser semelhantes aos da Pneumonia e a maioria da população tem dificuldades em distingui-los e podem subvalorizar sintomas relevantes, bem como atrasar a procura de ajuda médica. «O conhecimento dos sintomas, o recurso atempado aos cuidados médicos e sobretudo a sua prevenção, com a vacinação contra a gripe e a vacinação antipneumocócica poderão fazer toda a diferença», afirma Rui Costa, coordenador do GRESP – Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF.
A vacina é mencionada como melhor forma de prevenção, pode ser feita em qualquer altura do ano e, no caso dos adultos, basta uma dose única. Há uma mais forte recomendação da vacinação para pessoas com mais de 65 anos, ou todos os adultos que apresentem co-morbilidades crónicas como diabetes, asma, doença respiratória crónica, doença cardíaca, portadores de VIH e doentes renais, que estão mais vulneráveis.