Segundo os dados do relatório final do Vacinómetro 2019/2020, Portugal conseguiu atingir a meta de 75% de taxa de vacinação proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Tendo em conta a última vaga de vacinação da época gripal de 2018/2019, verificou-se um aumento na percentagem de vacinados com 65 ou mais anos, passando de 65,9% para 76%.
Este relatório, que monitoriza através de questionários a vacinação contra a gripe em Portugal mostra também que houve um aumento na adesão à vacina por parte dos portadores de doenças crónicas (de 55,8% para 72%), de pessoas com idades entre os 60 e os 64 anos (de 37,3% para 43,2%) e dos profissionais de saúde em contacto direto com doentes (de 52% para 58,9%).
Há ainda destaque para os dados obtidos, pela primeira vez, relativos à vacinação de mulheres grávidas, grupo prioritário para o qual a vacinação é fortemente recomendada. Foram vacinadas 23,5% das grávidas, sendo a indicação do médico a razão principal desta vacinação.
Os dados referem também que a região norte foi a que apresentou maior taxa de vacinação com 64,5%, com o Algarve a ser a zona do país com menor população vacinada, com 49,5%.
A recomendação por parte do médico, com 61,8%, lidera os motivos que levaram à vacinação, seguindo-se a iniciativa laboral com 24,6%, e por iniciativa própria, com 11,9%. Houve ainda 0,6% que se vacinaram porque saberem que fazem parte de um grupo de risco.
Do total dos inquiridos que foram vacinados, 23,6% adquiriu a vacina na farmácia, e destes 85,1% vacinaram-se na farmácia.
A DGS recomenda a vacinação a pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, entre os 60 e os 64 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, grávidas, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.
A época da vacinação contra a gripe começou em Portugal no dia 15 de outubro de 2019, com dois milhões de vacinas disponíveis. Destas 1,4 milhões foram disponibilizadas gratuitamente a grupos de risco no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e cerca de 600 mil foram para venda em farmácias.
O Vacinómetro é promovido pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, com o apoio da Sanofi Pasteur.
