A Miligrama Comunicação em Saúde desenvolveu e coordenou uma campanha internacional para a Federação das Associações Europeias de Esclerodermia (FESCA) para assinalar o dia mundial da esclerodermia que se comemora a 29 de junho. Este ano coube a Portugal e à Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas e ao seu Núcleo de Esclerodermia desenvolver e coordenar a campanha para assinalar a data.
O objetivo central da campanha, composta por diversos materiais gráficos e um filme pretende alertar e sensibilizar a opinião pública e autoridades e instituições, nacionais e internacionais, para os problemas de quem é portador da doença.
Para Andreia Garcia, diretora-geral da Miligrama, “o grande desafio além do número de países e idiomas envolvidos, foi ter de reformular a estratégia de comunicação tendo em conta o contexto da pandemia COVID-19 e o seu impacto mundial”.
“O nosso foco, em termos de comunicação, passou a estar centrado na necessidade de proteger os doentes com esclerodermia, particularmente os que têm envolvimento pulmonar e os que estão sob medicação imunossupressora, uma vez que têm imunidade reduzida e são mais vulneráveis a ter sintomas mais graves se contraírem o vírus COVID-19” acrescentou.
Além dos países que integram a FESCA, Alemanha, Bélgica, Croácia, Chipre, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Noruega, Polónia, Reino Unido, Roménia, Suécia e Suíça a campanha vai também chegar também a países como a Austrália, Brasil e EUA.
A esclerodermia é uma doença reumática, autoimune crónica e rara, que afeta o corpo através do endurecimento do tecido conjuntivo. Os danos no tecido conjuntivo incluem não apenas a pele, mas também órgãos vitais, como pulmões, coração e rins. A qualidade de vida é severamente afetada uma vez que torna difícil a execução de ações simples e fundamentais, como respirar, comer e até sorrir.
A doença afeta principalmente mulheres entre os 35 e os 50 anos, mas qualquer pessoa pode ser afetada, incluindo homens e crianças. A esclerodermia pode ser mortal, e atualmente não existe cura pelo que o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença.