Portugal envia 15 toneladas de medicamentos para Guiné-Bissau prevenir Ébola 363

Portugal envia 15 toneladas de medicamentos para Guiné-Bissau prevenir Ébola

30 de julho de 2014

Portugal vai enviar 15 toneladas de medicamentos para apoiar a Guiné-Bissau na prevenção do Ébola e outras epidemias, anunciou hoje o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira.

«Recebemos confirmação do Governo português da disponibilização de 15 toneladas de medicamentos para que o Ministério da Saúde esteja em condições de ter um programa de emergência e acompanhamento da situação de Ébola», bem como de outras «eventuais epidemias», referiu.

O líder do Governo falava numa conferência de imprensa após deslocações oficiais realizadas desde dia 16 de julho a Bruxelas, Díli e Lisboa.

A ajuda deve chegar ao país «nos próximos dias», acrescentou Domingos Simões Pereira depois de ter tratado do assunto com as autoridades durante a passagem pela capital portuguesa.

O envio surge depois de a Guiné-Bissau ter «lançado um SOS para reposição do stock de medicamentos, tendo em vista o programa de emergência para a epidemia de Ébola que assola a África Ocidental».

Questionado sobre as medidas que o país está a preparar para se defender, o líder do Governo guineense anunciou um plano de urgência «de que consta um programa de prevenção sanitária que tem merecido a atenção especial dos responsáveis na área da saúde», referiu.

«Amanhã [quinta-feira] no Conselho de Ministros teremos informação específica e detalhada de todo o programa que o Ministério da Saúde considera importante para a prevenção desse flagelo», concluiu, citado pela “Lusa”.

Seis médicos recém-formados e dois técnicos do Ministério da Saúde Pública da Guiné-Bissau ligados à água e saneamento receberam este mês formação de cinco dias sobre a prevenção e cuidados a ter com o vírus.

A equipa está apta a deslocar-se rapidamente a qualquer parte do país para dar atendimento em caso de suspeita de contágio.

A formação foi dada por uma equipa espanhola da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) que estava na capital guineense para lidar com temas ligados à saúde das crianças, mas ofereceu às autoridades os seus préstimos na área do Ébola.