Portugal foi dos países da OCDE onde despesa com Saúde mais caiu 670

Portugal foi dos países da OCDE onde despesa com Saúde mais caiu

03 de dezembro de 2014

Portugal diminuiu os gastos com a Saúde, mas os valores continuam acima da média da UE. De acordo com informação avançada pelo “Jornal de Negócios”, a despesa com medicamentos registou uma das maiores reduções. No entanto, entre 2007 e 2012, os tratamentos médicos financiados pelas famílias registaram a maior subida da Europa.

Os gastos totais com a Saúde representaram, em 2012, o equivalente a 9,5% do PIB português. Apesar de este valor ser inferior aos 10,2% registados em 2010, fica acima do que se gastava no início do novo século (8,6%) e da atual média dos 28 países da UE, que gastaram 8,7% do seu capital em cuidados e tratamentos médicos. Estes dados constam do mais recente relatório “Panorama da Saúde” realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em colaboração com a Comissão Europeia.
 
Segundo o mais recente relatório “Panorama da Saúde”, realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em colaboração com a Comissão Europeia, os gastos per capita com cuidados médicos (somados os setores público e privado) desceram 3,3% em média entre 2009 e 2012, para 1.854 euros, comparados com 2.193 euros na UE-28.

Estes resultados colocam Portugal seja o quinto país, num universo de 32 Estados europeus, com a maior a redução da fatura global da Saúde quando esta é dividida por habitante.
 
Parte desta descida é explicada pelo gasto com medicamentos que, em Portugal, registou a terceira maior queda per capita: menos 6,1% entre 2009 e 2012, o que compara com uma redução de 2,2% na União Europeia.

Em termos absolutos, em 2012 os portugueses gastaram 369 euros em medicamentos, um pouco mais do que a média europeia de 350 euros.
 
Contudo, a proporção do financiamento dos cuidados médicos assegurada por pagamentos diretos das famílias – ou seja, pago pelo utente aquando do ato médico, nos sistemas público ou privado – foi a que mais subiu no contexto europeu: 4,5% entre 2007 e 2012, comparado com um acréscimo médio de 0,3% na UE. Em 2012, estes pagamentos diretos  representavam 4,7% do total das despesas de consumo das famílias portuguesas.