De acordo com a Direção-Geral de Saúde (DGS), Portugal já registou seis casos suspeitos de estarem incluídos no surto de hepatite infantil aguda identificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os casos começaram a aparecer no início de abril. De momento, existe um total de seis casos suspeitos identificados em Portugal, que têm um perfil que “permite identificar uma hepatite aguda” do tipo que se tem verificado em vários países da região europeia e também nos Estados Unidos.
“Todas as crianças que têm sido identificadas como casos suspeitos têm tido uma evolução rápida, estão todas muito bem recuperadas”, indicou Paula Vasconcelos, do Centro de Emergências em Saúde Pública.
O surto “de origem desconhecido” foi anunciado pela OMS a 15 de abril e afeta crianças com idades entre um e 16 meses, com inflamação do fígado e “em muitos casos”, sintomas gastrointestinais como dores abdominais, diarreia e vómitos, e elevação das enzimas do fígado.
Paula Vasconcelos sublinhou que não se pode ainda falar de “casos confirmados” de uma nova forma de hepatite, apenas de casos “suspeitos de fazerem parte de um conjunto de sintomatologia não muito clara, da qual não se sabe a etiologia”.
Paula Vasconcelos avançou ainda que Portugal está a partilhar informação sobre todos os casos suspeitos através da rede do Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças.
“Já não estão doentes, mas a informação durante o período em que estiveram doentes é muito importante para reportar a nível europeu e contribuir para a investigação europeia do que se está a passar”, referiu.