Portuguesa descobre forma de deteção precoce do cancro do pâncreas 548

Portuguesa descobre forma de deteção precoce do cancro do pâncreas

25 de Junho de 2015

Uma investigadora portuguesa descobriu um novo método de diagnóstico precoce e não invasivo do cancro do pâncreas através de uma análise ao sangue, revela um estudo ontem publicado.

 

O estudo, publicado na revista “Nature”, demonstra que a presença de uma determinada proteína no sangue está relacionada com lesões malignas no pâncreas «e que não são detetáveis por ressonância magnética», refere a nota do IPATIMUP (Instituto de Patologia Molecular e Imunologia da Universidade do Porto), citada pela “Lusa”.

 

Liderada por Sónia Melo, a investigação demonstrou que as células tumorais do pâncreas produzem exossomas (nano-vesículas) com uma proteína específica – GPC1 – que podem ser detetados numa análise ao sangue.

 

Os investigadores demonstraram ainda haver uma relação entre a existência daquela proteína no sangue e a presença de lesões pancreáticas iniciais não detetáveis em ressonância.

 

A investigadora do IPATIMUT «descobriu que a presença de exossomas com esta proteína no sangue permite distinguir indivíduos sem doença ou com doença benigna do pâncreas, de doentes com cancro do pâncreas», acrescenta.

 

O estudo mostra assim que «a deteção de exossomas com a proteína GPC1, que circulam no sangue de pacientes com cancro do pâncreas, pode ser utilizada como uma ferramenta de diagnóstico não invasiva e como uma ferramenta para detetar fases iniciais de cancro do pâncreas», conclui o IPATIMUP.