Portuguesa descobriu mecanismo das células resistentes ao VIH 14 de dezembro de 2016 A cientista portuguesa Carla Ribeiro descobriu o mecanismo das células resistentes ao VIH, denominadas “Langerhan cells” e que são as primeiras a interagirem com o vírus após contacto sexual. O estudo, liderado pela portuguesa e publicado a 7 de dezembro na revista “Nature”, explica o mecanismo que torna determinadas células naturalmente resistentes ao VIH. «Nestas células, o VIH-1 é destruído por um processo chamado autofagia, que ocorre dentro das células e é capaz de digerir micróbios como uma trituradora», explicou, em comunicado, Carla Ribeiro, do departamento de Experimental Immunology do Academic Medical Center, em Amesterdão, Holanda. Segundo a cientista, a autofagia é ativada nas “Langerhan cells”, que residem em diferentes tecidos humanos, incluindo vagina, prepúcio e intestino, «através da ação de um fator restritivo que é funcional apenas neste tipo de células». «O mesmo fator restritivo não funciona noutras células, sendo estas por consequência infetadas com VIH», explica Carla Ribeiro, citada pela “Lusa”. A descoberta, segundo o comunicado, vai permitir aos investigadores «desenvolver novos métodos preventivos contra o HIV, mas também destruir o vírus após a infeção». «No entanto, é preciso haver mais investigação nesta área para que novas terapias possam ser desenvolvidas», acrescenta. |