De acordo com um estudo do Centro de Estudos Aplicados (CEA) da Católica Lisbon School of Business & Economics, em parceria com a Tecnigen, os portugueses estão bastante satisfeitos com o atendimento nas farmácias.
O estudo denominado por “As Farmácias e a População Portuguesa”, realizado junto da população portuguesa, teve como objetivo perceber de que forma os portugueses olham para as farmácias portuguesas, o que mais valorizam e como avaliam o ato farmacêutico.
Neste estudo, auferiu-se também o nível de satisfação do atendimento nas farmácias, em que numa escala de 1 a 5, em que 1 representava nada satisfeito e 5 representa muito satisfeito, os portugueses indicaram que se encontram bastante satisfeitos com o atendimento das farmácias (4.62).
Quanto à razão de se deslocarem à farmácia, os inquiridos indicaram em primeiro lugar a aquisição de medicamentos prescritos com receita médica (média de 4.40, em que 1 era nada importante e 5 era muito importante), seguido da opinião do farmacêutico (2.93). A aquisição de acessórios não médicos (1.96) e a realização de testes rápidos (2.24) foram apontados como os motivos menos relevantes.
Já 80% dos inquiridos indicou que vai à farmácia pelo menos uma vez por mês, sendo que na faixa etária dos mais de 65 anos, 58% referiu ir mais de duas a três vezes por mês.
Quanto à importância atribuída a atos farmacêuticos, todos os atos sugeridos foram considerados como importantes e muito importantes, usando a mesma escla de 1 a 5, sendo o “aconselhamento na toma de medicação prescrita por médicos” (4.33), o “acompanhamento de doentes crónicos” (4.27), e os “conselhos na presença de sintomas ligeiros” (4.26) os mais valorizados.
Outra das questões colocadas teve a ver como os inquiridos antecipam a farmácia do futuro. Aqui a escolha mais importante recaiu sobre as farmácias terem “balcões de atendimento rápido” (4.35) e “entrega ao domicílio” (4.35), “farmacêuticos para doenças crónicas” (4.29) e “mais proximidade com a comunidade” (4.29). Como menos importância, os participantes apontaram “kiosks self service” (2.74), “compra online” (3.31), “renovação de terapia sem intervenção do médico” (3.33) e “maior intervenção na prescrição de medicamentos” (3.41).
Questionados sobre a origem dos produtos, 79% dos inquiridos referiu que gostava de ser informado sobre a origem portuguesa dos produtos distribuídos pelas farmácias.
Este estudo, foi realizado entre 12 e 17 de outubro de 2020, com uma amostra constituída por 1003 inquéritos válidos de 3710 chamadas realizadas, para residentes em território nacional, com mais de 18 anos. Relativamente aos participantes, 21% tinha entre os 18 e os 34 anos, 60% entre os 35 e os 64 anos e 19% tinha mais de 65 anos. Quanto ao género, 55% dos inquiridos são do género feminino e 45% do masculino.