Portugueses ingerem sal a mais e em 5 anos só um quarto mudou a alimentação 14 de Maio de 2015 Quase todos os portugueses ingerem quantidades de sal superiores ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, apesar de estarem mais informados sobre os seus malefícios, nos últimos cinco anos apenas um quarto mudou os seus hábitos alimentares. Os dados foram avançados à “Lusa” pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), a propósito do Dia Mundial da Hipertensão que se assinala no domingo, numa iniciativa da World Hypertension League que tem como objetivo divulgar a importância da prevenção, deteção e tratamento da doença. Segundo estes novos resultados do estudo sobre a “Perceção da População Sobre Hipertensão”, que pretendeu avaliar o conhecimento da população portuguesa sobre hipertensão, 95,6% dos portugueses ingere sal acima do recomendado pela OMS (5,5 gramas por dia). Nos últimos cinco anos apenas um quarto da população reduziu o consumo de sal e três em cada quatro portugueses não sabem identificar quais os alimentos que são fontes de sal. Segundo os dados obtidos, entre 2009 e 2014, é a faixa etária abaixo dos 45 anos aquela que admite não ter efetuado qualquer mudança de comportamento (60% a 73%). No que respeita às escolhas alimentares, apenas um quarto da população tem em conta a presença de sal nos produtos embalados, sendo os jovens aqueles que menos importância atribuem a esta prática, com 82% a admitir que não verifica o sal presente nos alimentos. Quanto à capacidade de identificar os alimentos que são fontes de sal, apenas 2% referem o bacalhau e 18% indicam as conservas, no entanto quase todos (91%) consideram útil a utilização do semáforo de cores nos alimentos embalados de forma a identificar o seu teor de sal. Este sistema consiste numa rotulagem de alimentos proposta pela SPH com as cores do semáforo: vermelho para os alimentos com muito sal, amarelo com sal moderado e verde com pouco sal. Quanto aos hábitos de medir a tensão, verificou-se que um em cada quatro portugueses desconhece os valores da sua pressão arterial e que mais de metade da população (61%) só mede a tensão quando vai ao médico, apesar de serem os jovens aqueles que menos têm esse hábito. O estudo revela ainda que mais de metade dos jovens (54%) não sabe os valores a partir dos quais se tem hipertensão, embora tenha genericamente a ideia de que é uma doença grave. |