Prematuros amamentados têm menor probabilidade de «reinternamento» 13 de novembro de 2014 Os bebés com menos de 32 semanas de gestação, alimentados com leite materno, têm metade das probabilidades de voltarem a ser internados em relação aos que recebem leite artificial, de acordo com um estudo divulgado ontem, citado pela “Lusa”. Segundo o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), a partir de um estudo que envolveu mais de 400 crianças nascidas entre 01 de junho de 2011 e 31 de maio de 2012, verificou-se «que cerca de um terço dos bebés muito prematuros avaliados, teve algum problema de saúde que implicou, pelo menos, um internamento hospitalar no primeiro ano de vida», principalmente devido a complicações respiratórias. Assim, o estudo, no âmbito do projeto europeu EPICE, revelou que os bebés «que apenas estavam a receber leite artificial, à data da alta hospitalar da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, tinham duas vezes mais risco de serem reinternados durante o primeiro ano de vida, quando comparados com os bebés que estavam a receber leite materno». Os resultados preliminares do estudo sobre bebés prematuros, que tem em Portugal como investigador principal o presidente do ISPUP, Henrique Barros, mostram que, «aos dois anos de idade, 6% das crianças tomam medicação para a asma diariamente e aproximadamente 20% tomam qualquer outro tipo de medicação regularmente». O documento recorda que, em Portugal, oito em cada cem bebés são prematuros e um em cada cem nasce com menos de 32 semanas de gestação. O projeto EPICE (Cuidados Intensivos Neonatais Eficazes na Europa, na sigla em inglês) abrange 11 países e é coordenado em Portugal pelo Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em parceria com o ISPUP. A iniciativa pretende «construir uma base de conhecimento empírico sobre como as provas científicas se traduzem em provisões dos serviços de saúde nas unidades de obstetrícia e neonatais», para além de «identificar catalisadores para a aplicação de práticas assentes em provas» e «desenvolver estratégias para alcançar mudanças nos cuidados de saúde neonatais». |