No âmbito dos Prémios de Boas Práticas INFARMED 25+, o projeto TARV II foi distinguido com o Prémio na categoria de Projetos. Trata-se do reconhecimento às entidades envolvidas no TARV II, nomeadamente a Ordem dos Farmacêuticos, Associação de Farmácias Portuguesas, INFARMED, Centro Hospitalar de Lisboa Central, Associação Nacional das Farmácias e Associação de Distribuidores Farmacêuticos.
O projeto TARV II arrancou no final de 2016, concretizando uma medida prevista no programa do Governo que previa a «valorização do papel das farmácias comunitárias enquanto agentes de prestação de cuidados, apostando no desenvolvimento de medidas de apoio à utilização racional do medicamento e aproveitando os seus serviços, em articulação com as unidades do SNS, para nelas ensaiar a delegação parcial da administração de terapêutica oral em oncologia e doenças transmissíveis». A OF desenvolveu ações específicas de formação para a dispensa destes fármacos, habilitando as Farmácias Comunitárias à prestação deste serviço.
Segundo uma investigação levada a cabo pelo Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, pelo Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa e pelo Centro de Estudos e Avaliação em Saúde da Associação Nacional das Farmácias, uma grande percentagem dos utentes (79%) integrados no projeto deslocou-se “a pé” até à farmácia onde levantava a medicação, o que não aconteceria se a dispensa fosse realizada na farmácia hospitalar. Verificou-se um ganho de quase 30 minutos, tendo sido reportado tempos de deslocação até uma farmácia de 12 minutos e de 46 minutos até ao hospital. Também o tempo de espera foi menor nas farmácias comunitárias, 5 minutos, comparado com 16 minutos quando a dispensa era realizada nos hospitais.
Num comunicado divulgado pela Associação de Farmácias de Portugal acerca deste prémio, a presidente Manuela Pacheco destaca «estas distinções são o reconhecimento do nosso empenho, do nosso trabalho e do nosso esforço em melhorar a prestação dos serviços das farmácias, tornando-a mais rápida e eficiente para melhor servir a comunidade», avançando que a AFP está sempre disponível «para o diálogo entre todos os parceiros e entidades do sector, no sentido de agilizar procedimentos e viabilizar projetos e boas práticas em prol dos cidadãos».