O Prémio Ricardo Jorge de Saúde Pública 2024, promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), foi atribuído ao trabalho ‘Economic evaluation of Wolbachia deployments in the Madeira Island, as a Dengue control strategy‘, de Francisco Freitas Barcelos e Joana Moreno.
O estudo foca-se na eficácia e viabilidade económica do uso de mosquitos (vetor) com Wolbachia na redução ou, até mesmo, prevenção de casos de dengue, num contexto específico (Ilha da Madeira), explica o INSA, hoje (dia 13), no seu portal
A análise do trabalho vencedor “comparou esta intervenção com métodos de controlo tradicionais, considerando custos de tratamento e benefícios financeiros de longo prazo. Os resultados mostram que a intervenção poderia prevenir casos de dengue, gerando poupanças significativas e melhorando a saúde pública local”, refere ainda o INSA.
Segundo os autores do estudo, citados pelo portal do INSA, “esta abordagem oferece uma solução promissora para regiões com baixa prevalência de dengue e pode influenciar políticas de controlo noutros locais em que ainda não exista doença, mas sim o vetor”.
O Júri do Prémio Ricardo Jorge decidiu, ainda, atribuir duas menções honrosas aos trabalhos ‘Identification of novel therapeutic targets to overcome lung damage induced by Streptococcus pneumoniae infection‘, de Joana Carvalho Pereira, e ‘Impacte direto e indireto da Pandemia COVID-19 na mortalidade por todas as causas e por causas específicas em Portugal entre março de 2020 e dezembro de 2021‘, de Ana Paula Rodrigues.
A entrega do Prémio Ricardo Jorge de Saúde Pública 2024 teve lugar dia 12 de novembro, no auditório da Fundação Champalimaud, em Lisboa, durante a sessão evocativa dos 125 anos do INSA, organizada no âmbito das celebrações do ‘Dia do INSA’.
O Prémio Ricardo Jorge de Saúde Pública
No valor de 25 mil euros, tem como objetivo contribuir para o progresso, promoção e reconhecimento da investigação e do apoio científico realizados em Portugal na área da Saúde Pública, tendo por base critérios como o mérito e relevo científicos, a natureza inovadora do trabalho e/ou o desenvolvimento de novas metodologias, o impacto no ambiente e na sociedade e o potencial para promover conhecimento e inspirar mudanças na Saúde Pública.