João Almeida Lopes, presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), considera que “não podemos continuar a aceitar que ideologias político-partidárias inibam reformas à muito esperadas”.
Na abertura da Cimeira Ibérica de Hospitalização Privada, realizada em Lisboa dia 23 de junho, o presidente da APIFARMA, citado pelo cite da própria associação, afirmou que “a Europa tem um número de diretivas e regulamentos, muitas dos quais irrealistas” e que levam “as pessoas a procurar os privados”, sublinhando também a dificuldade “em convencer os nossos governantes de que a saúde tem uma dimensão económica muito grande”.
“Reconhecemos a importância do Serviço Nacional de Saúde, mas conhecemos bem as suas fragilidades, que a atualidade tem evidenciado diariamente”, continua João Almeida Lopes, que refere ainda que “a cooperação entre os setores público, privado e social é o caminho para mais e melhores respostas em Saúde” e para a sustentabilidade do sistema de saúde. O responsável dá como exemplo de os hospitais privados representam um terço da capacidade hospitalar do país e as mais de 28 mil empresas privadas, desde farmácias a centros de análises clínicas, que geram um valor acrescentado bruto de 5 mil milhões de euros.
“Estes valores confirmam quão relevante é o setor da saúde em Portugal e que devemos perspetivar o sistema de saúde como um verdadeiro Sistema e não apenas na ótica de um serviço nacional de saúde”, conclui.