Primeira experiência de transfusão de jovens para idosos com Alzheimer será em outubro
22 de Agosto de 2014
Uma equipa de investigadores da Universidade norte-americana Stanford School of Medicine vai fazer, em outubro, a primeira experiência de transfusão de plasma de sangue doado por jovens a idosos com Alzheimer, visando aumentar a capacidade cognitiva dos doentes.
Segundo a edição de ontem da revista “NewScientist”, o ensaio será feito através de injeção do GDF11, uma proteína homóloga de miosatina que atua como um inibidor de crescimento de tecido nervoso.
O pesquisador Francesco Loffredo citado pela publicação, disse, no entanto, que os investigadores consideram improvável que a GDF11 seja o único fator que mantém os órgãos rejuvenescidos, mas assinalou que «é muito otimista pensar que haveria apenas um fator».
De acordo com a “Lusa”, o estudo tem por base pesquisas já feitas em ratos, mas os pesquisadores não sabem dizer qual é a quantidade de sangue necessária para o rejuvenescimento das capacidades cognitivas dos pacientes com a doença.
«Imagine que alguém tenha que ser transfundido com sangue jovem a toda a hora. É difícil imaginar uma terapia desta. Quem é que vai doar todo esse sangue», questionou Francesco Loffredo, citado pela publicação científica.
«Vamos avaliar a função cognitiva, imediatamente antes e durante vários dias após a transfusão, bem como acompanhamento de cada pessoa por alguns meses para ver se algum de seus familiares ou cuidadores relatam quaisquer efeitos positivos», disse, por seu turno, o pesquisador Tony Wyss-Coray da Stanford School of Medicine.
«Os efeitos podem ser transitórios, mas mesmo que seja apenas por um dia, é uma prova de conceito de que vale a pena perseguir», acrescentou o investigador.