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Primeiro fármaco português para o cancro com resultados «favoráveis»

24 de julho de 2015

 

Aquele que será o primeiro medicamento português contra o cancro entrou este mês na segunda fase de ensaios clínicos em humanos, depois de concluída favoravelmente a primeira fase, avança hoje o “DN”. O fármaco «poderá, em princípio, chegar ao mercado dentro de três anos», afirmou Luís Almeida, diretor médico da Luzitin, empresa de Coimbra que desenvolveu o medicamento, e que está a supervisionar os ensaios clínicos, no Porto.

 

O medicamento destina-se a cancros da cabeça e pescoço – «não do cérebro» -, mas poderá também, no futuro, ter muitas outras indicações, como é o caso do cancro das vias biliares, mais raro.

 

Os resultados do primeiro ensaio clínico, que envolveu seis doentes e já terminou, foram favoráveis. «Encontrou-se uma dose eficaz e bem tolerada, e com efeitos adversos muito baixos, o que é incomum em medicamentos oncológicos», sublinha Luís Almeida em declarações ao “DN”. A outra boa notícia é que o organismo humano metaboliza bem o medicamento e elimina-o rapidamente, quando ele não é ativado.

 

No seguimento destes resultados, o Infarmed aprovou a segunda fase de ensaios clínicos, que começou a 1 de julho. Espera-se que, durante as primeiras semanas de janeiro, sejam conhecidos os resultados do ensaio.