Primeiro-ministro lamenta «inverno muito difícil» na saúde em Portugal 09 de Fevereiro de 2015 O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, lamentou ontem o «inverno muito difícil» e de «momentos trágicos» no setor da Saúde, em Portugal, com situações «que precisam de ser avaliadas melhor». «Ainda não temos os médicos todos que precisamos, mas temos mais de tudo isso, ao fim destes anos, temos mais unidades de cuidados continuados – (…) antigamente era muito raro existir oferta nesse domínio (…) – essa rede tem vindo a ser consolidada e alargada», afirmou Passos Coelho num discurso em que quis lembrar o progresso no país, tanto nos últimos três anos como nos últimos 30. Admitiu, contudo, o «inverno muito difícil, com vários momentos trágicos para muitas pessoas», que está a ser vivido em Portugal no setor da saúde, «com muitas coisas que precisam de ser avaliadas melhor». «Mas temos consciência de que não podemos comparar o país de hoje com o de há três anos nem com o de há 30», salientou o governante, lembrando que os progressos nas áreas da saúde e educação «não têm comparação», muito graças à «extraordinária aventura do projeto europeu». Acrescentou que«o que país conseguiu, neste projeto europeu, é uma coisa que deve dar incentivo e alento para continuar», destacando como Portugal tem «níveis de bem-estar associados à saúde, que têm progredido continuamente». Passos Coelho defendeu ainda ser importante prevenir situações e fazer melhor planeamento, para melhores resultados em várias áreas, incluindo a da saúde pública. «Quanto não seríamos tentados a antever como bons resultados que apresentaríamos na sociedade, se houvesse maior prevenção e melhor planeamento», atirou. Falando na inauguração de um novo quartel de bombeiros de Vale de Cambra, assinalou a importância de um «melhor ordenamento» e de todos fazerem «o que lhes cabe», nomeadamente limpando «as suas matas como deviam» e, quando plantam novas áreas florestais, fazerem-no «de forma mais ordenada». Passos Coelho quis mesmo dar uma palavra de incentivo aos bombeiros voluntários que «desempenham papel relevantíssimo» na forma como hoje se concebe «atuação solidária da nossa sociedade». «E o Estado reconhece esse papel e procura, ao longo do tempo, ir ao encontro do que são as suas pretensões, concedendo-lhes os meios que são adequados para que as suas missões possam ser bem-sucedidas», realçou. |