O secretário de Estado da Valorização do Interior considerou «importante» a produção de canábis para fins medicinais e científicos, especialmente para a industrialização e investigação em Portugal.
«É importante a produção, mas mais do que a produção o que interessa realmente ao país é a industrialização e a investigação que se pode fazer à volta desta nova cultura», explicou João Paulo Catarino, em declarações às quais a agência “Lusa” teve acesso.
O governante falou aos jornalistas em Campo Maior, após a apresentação da empresa Sababa Portugal, que planeia instalar uma produção de canábis para fins medicinais e uma unidade fabril para a produção de medicamentos nesta vila.
João Paulo Catarino relevou a linha de investigação que está a ser desenvolvida nesta área pela empresa, que atua na indústria de canábis para fins medicinais e científicos. «É um grupo com uma dimensão internacional e que tem já uma linha de investigação a nível internacional e que, juntando-se aos nossos centros de investigação, aos nossos institutos politécnicos, à Fundação Champalimaud, mostra-nos como é que nós podemos aqui ter uma nova linha de investigação e produção de conhecimento», afirmou.
Para o secretário de Estado da Valorização do Interior, o investimento previsto em Campo Maior constitui «um privilégio» e um «sinal» para a valorização do interior.
Em fevereiro o presidente da Câmara de Campo Maior, Ricardo Pinheiro, já tinha falado à fonte que o projeto de exploração de canábis para fins medicinais naquela vila prevê um investimento de 16 milhões de euros e depois será completado com a instalação de um centro de extração de óleo de canábis.