A FDA (Food and Drug Administration) propôs que os produtos cosméticos que contenham talco sejam testados utilizando métodos estandardizados para detetar amianto, segundo documentos oficiais publicados na quinta-feira.
O amianto, como explica a Reuters, pode ser prejudicial em produtos cosméticos que contenham talco, uma vez que não existe um limite estabelecido como ‘nível seguro’ para a exposição à substância.
A proposta da FDA pode ajudar a proteger os consumidores da exposição prejudicial ao amianto, levando a menos doenças como o cancro do pulmão e do ovário, afirmou o regulador da saúde norte-americano.
A FDA passa, assim, a exigir que os fabricantes testem uma amostra de cada lote de um produto cosmético contendo talco para detetar a presença de amianto, utilizando métodos como a luz polarizada e a microscopia eletrónica de transmissão, que produz imagens através da iluminação de amostras com um feixe de eletrões.
Se o fabricante não cumprir os requisitos, a regra proposta permite à FDA declarar esse produto como adulterado ao abrigo da Lei Federal dos Alimentos, Medicamentos e Cosméticos.
A Reuters lembra ainda que a Johnson & Johnson está a ser processada por mais de 62.000 queixosos, que alegam que o pó de talco para bebés e outros produtos com talco da empresa estavam contaminados com amianto e causaram vários tipos de cancro.