Programa de combate à diabetes arranca em 15 municípios 07 de Setembro de 2015 “Não à Diabetes!”, um projeto dinamizado pela Fundação Calouste Gulbenkian, vai ser lançado hoje e pretende estabilizar esta doença que não tem parado de aumentar e é responsável por 10% das despesas nacionais na área da saúde.
No âmbito desta iniciativa, 15 municípios vão implementar um rastreio de base populacional em que pelo menos 25% dos adultos serão convidados a avaliar a sua situação.
No prazo de cinco anos, o plano é chegar a 80% da população nacional e evitar que 50 mil pessoas em risco elevado de ter a doença a desenvolvam, promovendo a mudança de estilo de vida.
Outro objetivo do projeto é ajudar a detetar pelo menos 50 mil casos, já que se hoje se estima que 44% dos portugueses que têm a doença não estão diagnosticados.
Tendo em conta que se calcula que a diabetes afete 13% da população, haverá mais de 500 mil casos ocultos. E nestas situações em que a diabetes não é controlada, o risco de complicações cardiovasculares, mas também de problemas oftalmológicos e do chamado pé diabético, disparam.
Jorge Soares, responsável pelo programa Gulbenkian Inovar em Saúde, explicou ao “i” que o papel da fundação tem sido unir parceiros e preparar a implementação, que contará com o apoio do Ministério da Saúde, mas também da Associação Nacional de Municípios, Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, Associação Nacional das Farmácias e Sociedade Portuguesa de Diabetologia.
«Mais do que investimento financeiro, há uma aposta na criação de parcerias», diz Jorge Soares. «Se não houver articulação com os centros de saúde e com os médicos de família, não vale a pena dizermos às pessoas que têm diabetes», exemplifica. Sem revelar montantes, o responsável admite que a Gulbenkian está preparada para patrocinar eventuais necessidades financeiras do projecto. |