Programa de rastreio a cancro oral entrou em vigor dia 1 de março 03-Mar-2014 Cada utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS) passa agora a ter direito a dois cheques dentista por ano para diagnóstico de cancro oral e a outros dois para biopsia. De acordo com uma norma da Direção-Geral da Saúde, este alargamento do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral tem como objetivo aumentar a sobrevivência por cancro oral após o diagnóstico da doença. Está definida como população alvo as pessoas pertencentes aos grupos de risco (homens fumadores, com mais de 40 anos e com hábitos alcoólicos) e utentes com lesões na cavidade oral e com queixas de dor, alterações da cor ou da superfície da mucosa oral. O valor de cada cheque-diagnóstico é de 15 euros e o de cada cheque-biopsia de 50 euros, podendo cada utente receber, anualmente, dois cheques de cada. A Ordem dos Médicos Dentistas já estimou que passem a ser realizadas anualmente cerca de cinco mil biopsias ao cancro oral. A intervenção começará sempre no médico de família, ou através de rastreios a utentes de elevado risco ou pelo diagnóstico clínico de lesões na boca potencialmente malignas. A existência de uma lesão suspeita deve ser sempre sujeita a um diagnóstico diferencial, sendo emitido pelo sistema informático dos centros de saúde um cheque-diagnóstico que pode ser usado num médico dentista aderente ao Programa. No caso de o médico dentista ou estomatologista considerar necessária a realização de uma biopsia deve realizar a recolha do produto e enviar para um laboratório de referência, utilizando então um cheque-biópsia. Quando é detetado um tumor, o laboratório informa, por sistema informático, o Instituto Português de Oncologia da respetiva área, que deve marcar uma consulta com caráter de urgência. No programa participam 240 médicos dentistas, numa rede que pretende cobrir geograficamente todo o país, apontou a “Lusa”. |