Programa Gilead premeia 14 projetos de saúde com 250 mil euros 11 de Março de 2014 O programa Gilead Génese distinguiu 14 projetos, científicos e de iniciativa comunitária, que vão receber um total de 250 mil euros, visando a dinamização da prática clínica e a melhoria da qualidade de vida dos doentes. Entre os projetos premiados, hoje anunciados pela Gilead Sciences Portugal, está uma iniciativa comunitária para levar a fisioterapia a casa dos doentes com fibrose quística, ou trabalhos científicos para perceber esta doença, para iniciar um repositório de dados clínicos biológicos que permitam compreender porque são diferentes o HIV-1 e o HIV-2 ou para criar uma nova técnica de diagnóstico de pneumonia por pneumocystis. O programa Gilead Génese, criado em 2013, tem como objetivo incentivar em Portugal a investigação clínica, a geração de dados e a criação de boas práticas de acompanhamento dos doentes, apoiar projetos na educação para a saúde, de intervenção comunitária e cívica, em áreas como o VIH/sida ou as hepatites virais crónicas B e C, assim como trabalhos sobre infeções fúngicas invasivas, fibrose quística e oncologia. De acordo com informações divulgadas pela agência “Lusa”, na edição de 2014 do programa, candidataram-se mais de 60 projetos nacionais vindos de diferentes entidades científicas, de entidades académicas e da sociedade civil, tendo sido distinguidos 14 projetos, oito dos quais científicos e seis de iniciativa comunitária, «pelo seu potencial contributo para a dinamização da prática clínica, da melhoria da qualidade de vida dos doentes e dos resultados em saúde», referiu a Gilead Sciences Portugal. O projeto “Programa de Fisioterapia no domicílio para doentes com Fibrose Quística”, da Associação Portuguesa de Fibrose Quística, é um dos exemplos de trabalhos distinguidos, referidos pela organização, e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida destes doentes, já que a sua hospitalização «pode e deve ser levada ao mínimo», sendo os cuidados prestados em casa «uma alternativa válida ao internamento hospitalar». A proposta da Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa intitula-se “A sinalização pró-inflamatória como novo alvo terapêutico na Fibrose Quística” e pretende testar uma das características da doença, a indução da sinalização pro-inflamatória, para perceber os seus mecanismos e usá-los como alvo terapêutico facilitador da introdução de outras terapias que atinjam diretamente a proteína que causa o problema. O trabalho “Infeção por HIV-2: Repositório Clínico e Biológico” foi outro dos distinguidos com uma bolsa e pretende iniciar um repositório de dados clínicos biológicos que permitam compreender porque o HIV-1 é tão diferente do HIV-2, tendo Portugal «condições únicas para perceber esta diferença pois tem pessoas com os dois tipos de vírus». O projeto “Imunonanodiagnóstico da pneumonia por Pneumocytis: uma abordagem inovadora baseada na associação de biossensores serológicos e nanopartículas”, do Instituto de Medicina Tropical, aposta na criação de uma nova técnica de diagnóstico de pneumonia por pneumocystis, uma doença oportunista que surge em imunossuprimidos mas também em crianças e idosos, podendo levar à morte se não for tratada a tempo. |