Programa Troca de Seringas: Distribuídas mais de 57 milhões de seringas em 25 anos 998

No âmbito do Programa Troca de Seringas, foram distribuídas mais 57 milhões de seringas e cerca de 30 milhões de preservativos foram distribuídos nos últimos 25 anos em Portugal, segundo dados divulgados hoje pela Direção-geral de Saúde (DGS).

«Entre outubro de 1993 e setembro de 2018, foram distribuídas 57.488.517 agulhas e seringas e 30.396.489 preservativos masculinos», adiantam os dados divulgados a propósito dos 25 anos do programa, que vão ser celebrados na quarta-feira numa cerimónia em Lisboa, promovida pela DGS.

O Programa Troca de Seringas “Diz Não a Uma Seringa em Segunda Mão” resultou de uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Associação Nacional das Farmácias, em 1993, e visa prevenir a transmissão do vírus da imunodeficiência humana (VIH) e outras infeções transmitidas por via sanguínea entre pessoas que utilizam drogas injetáveis.

Segundo a DGS, o objetivo é «evitar a partilha de agulhas, seringas e outros materiais de consumo, promover comportamentos sexuais seguros, através da utilização consistente do preservativo masculino, diminuir o tempo de retenção de seringas usadas pelos utilizadores e evitar o abandono de seringas e agulhas utilizadas na via pública».

«Portugal é mundialmente reconhecido como um exemplo de boas práticas na adoção de políticas de abordagem aos comportamentos aditivos e dependências», lembra a DGS, na sua página online.

Além do Programa Troca de Seringas, são exemplo disso atualmente a descriminalização do uso de substâncias ilícitas e os Programas de Substituição Opiácea, sob a responsabilidade da Direção-geral da Saúde.

«Todos estes programas têm repercussões importantes, como a significativa redução verificada nos últimos anos no número de novos casos de infeção por VIH diagnosticados entre as Pessoas que Utilizam Drogas Injetáveis, de 57,3% em 1998 para 1,8% em 2017», salienta ainda DGS.

A importância destes programas para a diminuição dos novos casos de infeção por VIH é assinalada no relatório “Infeção VIH e sida” relativo a 2017, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.