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Projeto para identificar população com demências apresentado hoje em Fátima

05 de setembro de 2014

O projeto VIDAS – Valorização e Inovação em Demências, da responsabilidade da União das Misericórdias Portuguesas, que visa identificar a população com demências, é hoje apresentado oficialmente, em Fátima.

À agência “Lusa”, o responsável pelo projeto, Manuel Caldas de Almeida, explicou que o VIDAS arrancou há perto de cinco meses, numa primeira fase com a organização técnica dos vários pilares, sendo agora possível avançar para o terreno.

Manuel Caldas de Almeida referiu que, conjuntamente com duas universidades portuguesas, foram «estabelecidas várias baterias de testes», que vão agora ser aplicados por seis psicólogos.

Estes psicólogos vão fazer testes junto de 1.600 pessoas, dispersas por 23 lares e 15 apoios domiciliários, para conseguir perceber quais as que têm defeitos cognitivos, concretizando mais uma fase do projeto.

Segundo Manuel Caldas de Almeida, após este levantamento, segue-se o trabalho de vários médicos neurologistas que, através de uma amostra aleatória, vão fazer o diagnóstico preciso das demências que estas pessoas têm.

Caldas de Almeida sublinhou que existem atualmente em Portugal entre 160 mil a 180 mil pessoas com demência, das quais 80 mil a 90 mil têm Alzheimer, mas não existem «dados concretos sobre a realidade nos lares, nos apoios domiciliários, nos centros de dia».

O projeto VIDAS, cuja apresentação, a partir das 10:00, no Centro João Paulo II, conta com a presença do secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, tem três pilares: investigação, avaliação arquitetónica e ambiental, e formação.