Com as alterações climáticas “a contribuir para o aumento da mortalidade e a agravar diversas doenças”, a GSK quer investir na “proteção do planeta para proteger a saúde das pessoas”.
Em comunicado, a farmacêutica informa que definiu uma estratégia de “ESG (Environment, Social, Governance), alinhada com os principais desafios ambientas, sociais e de governação, para conseguir impactar positivamente a saúde de 2.5 mil milhões de pessoas nos próximos dez anos”.
“Há cada vez mais evidência científica a comprovar o impacto das alterações climáticas na saúde das pessoas. É urgente fazer com que todos percebam que manter o planeta saudável é fundamental, para que as pessoas também o sejam. Na GSK, acreditamos que as soluções para combater os problemas ambientais são também motores da saúde humana e, por isso, estamos empenhados em mostrar o que é possível fazer para proteger o nosso planeta e, consequentemente, cuidar e promover a saúde humana”, explica Guilherme Monteiro Ferreira, diretor de acesso ao mercado e assuntos externos da GSK Portugal.
De acordo com um estudo publicado no início de agosto, na revista Nature Climate Change, “mais de metade das centenas de doenças infeciosas, como a malária e a meningite, sofreram um agravamento devido a alterações climáticas extremas”. A investigação concluiu, ainda, que o aquecimento global, chuvas torrenciais, inundações e a seca, impactaram a infeção por parte de animais portadores de doenças.
Por seu lado, a OMS “equipara o problema da poluição atmosférica a outros riscos para a saúde global, como uma dieta pouco saudável e o tabagismo. Estudos recentes apontam que a exposição à poluição ambiental esteja a causar sete milhões de mortes prematuras por ano e a resultar na perda de muitos mais milhões de anos de vida. Por outro lado, a Agência Europeia do Meio Ambiente, estima que a poluição esteja associada a mais de 10% dos casos de cancro na Europa”, continua a GSK.
Assim, a farmacêutica a anuncia que vai investir em seis grandes áreas estratégicas: Poluição atmosférica (reduzir “emissões de gases de efeito de estufa, o desperdício enviado para aterros sanitários e a utilização de água”); Segurança dos recursos hídricos (“é fundamental agir hoje e definir objetivos para ajudar a melhorar o acesso a água, a sua disponibilidade e qualidade”); Proteção das Florestas (“a GSK integra a Coligação LEAF – uma iniciativa público-privada projetada para parar e reverter a destruição das florestas”).
Destaque também para a Adaptabilidade dos sistemas de saúde (“parceria com a associação Save the Children, em projetos de imunização de crianças na Etiópia para ajudar a reduzir as elevadas taxas de mortalidade infantil nesta região”); Impacto das doenças provocadas pelas alterações climáticas (“investir, nos próximos dez anos, mais de mil milhões de euros para acelerar a I&D na área das doenças infecciosas de elevado impacto”); Bem-estar das populações (“contribuir para a proteção ambiental dos locais onde opera de forma a impactar positivamente a natureza e a saúde humana”).