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PSD acusa Governo de «incapacidade» na negociação com técnicos de diagnóstico

 


22 de novembro de 2017

O PSD acusou ontem o Governo de incapacidade nas negociações com os técnicos de diagnóstico, cuja greve já afetou mais de 200 mil utentes, e pediu explicações sobre o que diz ser a «degradação do atendimento dos utentes».

Numa pergunta dirigida ao ministro da Saúde e ontem entregue no parlamento, o PSD questiona o Governo sobre quando tenciona concluir as negociações com o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), «de modo a fazer cessar a greve» que dura desde o início do mês.

«Considera o Governo apropriadas as condições de atendimento que atualmente se verificam nas unidades prestadoras de cuidados de saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS), bem como os tempos de espera a que os utentes estão a ser sujeitos, designadamente para a realização de análises clínicas», questionam ainda os sociais-democratas.

Os sindicatos do setor pretendem o cumprimento dos acordos assinados, a apresentação concreta de uma proposta que dê expressão prática às novas carreiras e lutam contra o bloqueio das negociações.

Segundo os sindicatos do setor, tinha sido acordado com o Governo uma quota de 30% de lugares de topo de carreira para estes profissionais. Contudo, em Conselho de Ministros, essa quota foi diminuída para 15%, uma situação que indigna os trabalhadores.

«O Governo mostra-se incapaz de resolver a situação que criou», acusa o PSD, no requerimento assinado pelos deputados Miguel Santos, Ângela Guerra e Luís Vales, avançou a “Lusa”.

Para os sociais-democratas, «a incapacidade do Governo está a prejudicar seriamente os utentes», com esperas de largas horas para a realização de análises, exames ou mesmo por consultas e cirurgias.

O PSD lembra que a 4 de outubro já tinha questionado o Governo sobre o processo negocial com estes sindicatos, não tendo obtido qualquer resposta.