PSD desafia Governo a dizer se manterá «política de contratualização» na Saúde 07 de Junho de 2016 O líder do PSD defendeu ontem que o País «precisa de saber» se o Governo socialista pretende «prosseguir» a política de «compromisso e contratualização» com as instituições ligadas à saúde, reiterando que na área da educação existe uma «regressão». O líder dos sociais-democratas, Pedro Passos Coelho, dedicou ontem o dia à ação social e, quando questionado, sobre como encontra o Estado Social português, indicou que este «precisa de continuados cuidados», deixando ao Governo socialista de António Costa o repto de que esclareça qual é a sua política para esta área. «É relevante saber se está ou não está nas intenções do atual Governo prosseguir a política de compromisso, de contratualização, de parceria com muitas destas instituições, sem as quais não conseguiríamos oferecer serviços de qualidade às pessoas», disse Pedro Passos Coelho em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, após uma visita ao Centro Social da Paróquia de S. Salvador de Grijó. Segundo a “Lusa”, o ex-primeiro-ministro começou por falar da necessidade de ter «contas públicas sãs», mas vincou o aspeto da contratualização e das parcerias, acrescentando a liberdade de escolha, fazendo assim um paralelo entre a área da ação social e da saúde e a polémica sobre os contratos de associação que está a opor o Estado aos colégios privados e cooperativos. «O Estado social exige da parte do Estado uma opção política fundamental de parceria com as instituições que todos os dias conseguem fornecer serviços de qualidade e de proximidade (…) e que exista também, quando é possível, liberdade para que as pessoas possam escolher o que lhes está mais próximo e aquilo que é melhor», referiu Passos Coelho. O líder do PSD referiu que «se o Estado tivesse de chegar a todo o lado só pelos seus próprios meios e pelos seus próprios equipamentos, a maior parte do país não teria acesso a este tipo de cuidados» e sublinhou que «caminho devia ser o de aumentar o grau de liberdade de escolha e não de o diminuir». «O setor da Educação é claramente uma área em que há uma regressão nesta matéria», apontou. Já em resposta a uma pergunta sobre propostas do Bloco de Esquerda para a área da saúde, Passos Coelho referiu que «de um modo geral se continua a assistir a uma alteração significativa na forma como o PS se vem comportando nas áreas sociais». «E não há dúvida que a agenda, que tem sido marcadamente do Bloco de Esquerda e do PCP, está a tomar cada vez mais conta da orientação politica que o PS está a seguir, nomeadamente no Governo. Isso preocupa-nos porque isso não vai ao encontro nem da racionalidade, nem das funções de bem-estar para as pessoas», concluiu. |