Purdue Pharma deixa de promover opioides junto dos médicos
15 de fevereiro de 2018 O fabricante do medicamento opiáceo mais vendido nos Estados Unidos anunciou hoje que ordenou aos seus vendedores que não encorajem os médicos a receitar medicamentos para a dor que, alegadamente, possam provocar dependência química. A Purdue Pharma revelou, através do Twitter e na sua página oficial, que deixará de promover, junto dos médicos, o popular analgésico OxyContin. «Reestruturámos e reduzimos significativamente a nossa operação comercial, e os nossos representantes de vendas já não promoverão os opioides junto dos médicos prescritores», garantiu a empresa farmacêutica, de acordo com a agência “Lusa”. No relatório da senadora do Missouri, Claire McCaskil, divulgado na terça-feira, é referido que as empresas farmacêuticas que vendem alguns dos analgésicos de prescrição mais lucrativos terão contribuído para uma «epidemia de mortes» na América, relacionada com o consumo de medicamentos opiáceos. A senadora destacou que a prescrição excessiva de medicamentos para a dor terá provocado o vício de milhões de americanos, assim como uma explosão de overdoses fatais, entre as quais as dos músicos Prince e Tom Petty. As conclusões do relatório podem reforçar centenas de ações judiciais destinadas a responsabilizar as farmacêuticas que comercializam analgésicos opioides. Segundo os acusadores, 340 mil americanos morreram desde 2000 por problemas relacionados com o consumo de medicamentos deste género. |