Putin anuncia medicamento russo contra o Ébola 713

Putin anuncia medicamento russo contra o Ébola

14 de Janeiro de 2016

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou ontem que Moscovo registou a patente de um medicamento contra o vírus Ébola, cujos testes preliminares revelaram eficácia superior à de fármacos anteriormente desenvolvidos.

«Temos uma boa notícia. Registámos [a patente] um medicamento contra o Ébola, que revelou nos testes correspondentes uma grande eficácia, superior aos compostos usados neste momento a nível mundial», disse Putin, durante uma reunião com os membros do governo russo, citou a “Lusa”.

Em finais de dezembro de 2015, a chefe do serviço russo de proteção dos direitos do consumidor, Ana Popova, informou que estava a ser preparada a documentação necessária para o registo do novo medicamento.

A vice-primeira-ministra russa com a tutela da política social, Olga Golodets, tinha afirmado anteriormente que os testes ao medicamento tinham sido um sucesso.

Em finais de julho de 2015, a comunidade médica internacional, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), anunciou que uma vacina tinha superado os primeiros ensaios clínicos e que reunia as condições necessárias para ser administrada a pessoas em risco de infeção com o vírus Ébola.

A vacina em questão ainda não conta com as autorizações necessárias e, neste momento, só pode ser usada em ensaios clínicos ou casos específicos.

No entanto, a OMS está a trabalhar em parceria com as empresas farmacêuticas responsáveis pelo composto e as entidades reguladoras para assegurar o uso da vacina em eventuais novos surtos da doença.

A epidemia de Ébola na África ocidental, que afetou sobretudo a Guiné-Conacri, a Serra Leoa e a Libéria, foi controlada durante o ano passado. Ainda surgem casos residuais em alguns dos países afetados, que esperam superar definitivamente este ano esta emergência sanitária.

O recente surto de Ébola foi o mais grave e prolongado desde que o vírus foi descoberto, em 1976. Foram contabilizados 28.601 casos desde que surgiu em dezembro de 2013, dos quais um terço dos doentes (11.299) acabou por morrer.