“Queremos que os decisores políticos pensem na cobertura universal da farmácia quando pensam na cobertura universal da saúde” 210

É necessária uma maior progressão na profissão farmacêutica para enfrentar desafios como o acesso desigual aos cuidados de saúde, a escassez de medicamentos, a resistência antimicrobiana e os medicamentos de qualidade inferior e falsificados, afirmou Paul Sinclair, presidente da FIP – International Pharmaceutical Federation, no seu discurso de abertura do 82º Congresso Mundial de Farmácia e Ciências Farmacêuticas da FIP, no passado domingo, na Cidade do Cabo.

Paul Sinclair destacou a necessidade de inovar na farmácia para enfrentar os desafios e as disparidades da saúde pública, referindo a vacinação nestes estabelecimentos de saúde como o exemplo de uma abordagem inovadora que teve um grande impacto.

 

Integridade, desempenho e paixão

O presidente do FIP defendeu que a aplicação dos princípios de integridade, desempenho e paixão facilitarão o avanço da profissão.

Neste sentido, explicou, segundo o site da FIP, que a integridade “nas nossas ações contribuirá para aumentar a nossa reputação como especialistas em medicamentos e profissionais de saúde acessíveis e fiáveis”.

Já a evolução da profissão exige desempenho, o que “significa demonstrar de forma consistente conhecimentos especializados, empenho e conduta ética nas atividades profissionais. Significa aplicar as melhores práticas.”

Quanto à paixão, Paul Sinclair destacou que “a nossa paixão como cientistas farmacêuticos, educadores e profissionais de farmácia impulsiona o nosso trabalho de defesa para expandir os nossos âmbitos de prática e proporcionar os melhores resultados de saúde possíveis às nossas comunidades”.

 

Think Health, Think Pharmacy

A paixão da FIP pela farmácia levou-a a criar, segundo o seu presidente, a campanha Think Health, Think Pharmacy (Pense na Saúde, Pense na Farmácia).

Através da campanha, como salientou Paul Sinclair, “estamos a sensibilizar para a importância das farmácias, e dos próprios farmacêuticos, como um recurso subutilizado no espaço dos cuidados de saúde primários, com o potencial de proporcionar mais aos sistemas de saúde… Queremos que toda a gente pense na farmácia quando pensa na sua saúde. Queremos que os decisores políticos pensem na cobertura universal da farmácia quando pensam na cobertura universal da saúde. A promoção da nossa identidade profissional facilitará a prestação de mais serviços farmacêuticos com benefícios para as nossas comunidades”.