Questionário de Proust: Helder Mota Filipe, candidato a bastonário da OF 226

Descubra qual a ‘reação adversa’ que Helder Mota Filipe, que se recandidata a bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), pela Lista A, eliminaria da profissão ou ainda qual o princípio ativo que melhor descreve a sua personalidade.

  • Qual é o princípio ativo que melhor descreve sua personalidade?

Um dos diversos de terapia génica, porque corrige a causa do problema. Não se limita a aliviar os sintomas.

  • Se a sua vida fosse uma bula, qual seria a principal contraindicação?

Se a minha vida pudesse ser resumida num folheto informativo (prefiro este ao termo bula), penso que a principal contraindicação poderia ser a minha falta de paciência para pessoas arrogantes.

  • Qual é o maior efeito colateral de ser farmacêutico?

O orgulho de pertencer a esta profissão.

  • Qual foi a fórmula (ou decisão) mais inovadora que criou/tomou?

Se calhar não muito inovadora, mas que me tem sido muito útil: não me levar demasiado a sério.

  • Se pudesse desenvolver um medicamento revolucionário, para que seria?

Não será muito original, mas um que permitisse curar o cancro. Todos os tipos de cancro.

  • Qual a sua dose diária de inspiração para enfrentar desafios?

Não tenho dose definida. Tomo em SOS.

  • Se pudesse trabalhar ao lado de qualquer cientista/personalidade da História, quem seria e o que desenvolveriam juntos?

Tive a sorte de já ter realizado esse desejo. Fiz parte da equipa do Professor Sir John Vane, prémio Nobel da medicina por ter descoberto mecanismo de ação dos anti-inflamatórios não esteróides.

  • Qual é o maior placebo na área da farmácia que todos precisam parar de acreditar?

Que a profissão farmacêutica está em risco de desaparecer.

  • O que mais o cura nos dias difíceis?

A família e os amigos. Neste caso uso a dose máxima disponível.

  • Qual a ‘interação medicamentosa’ perfeita entre farmacêuticos e outras áreas da saúde?

A que resultar no melhor benefício para o doente.

  • Se pudesse prescrever uma receita para a profissão farmacêutica, o que incluiria?

Confiança, atualização, orgulho profissional e compaixão. 1 comprimido a cada hora do dia. Terapêutica crónica.

  • Qual é o maior desafio de ‘manipular’ os problemas da profissão?

Fazer com que os políticos saibam bem usar as técnicas de manipulação.

  • Qual é a ‘posologia’ para ser um bom líder no órgão a que concorre?

1 comprimido de 50 mg (10 mg de capacidade técnico científica + 10 mg de sensibilidade política + 10 mg de bom senso +10 mg de independência + 10 mg de proximidade), a tomar 1 vez por dia enquanto exercer o cargo.

  • Se pudesse eliminar uma única ‘reação adversa’ da profissão, qual seria?

A indiferença.

  • Qual é a sua visão para a Farmácia daqui a 10 anos?

Uma profissão farmacêutica mais tecnológica, ainda mais científica e com uma intervenção clínica muito mais marcada.