Questionário de Proust: José Vera-Cruz, candidato ao Conselho do Colégio de Especialidade de IF 112

Descubra qual a ‘reação adversa’ que José Vera-Cruz, candidato à presidência do Conselho do Colégio de Especialidade de Indústria de Farmacêutica  (IF) da Ordem dos Farmacêuticos (OF), pela Lista H, eliminaria da profissão ou ainda qual o princípio ativo que melhor descreve a sua personalidade.

  • Qual é o princípio ativo que melhor descreve sua personalidade?

Diplomol, se existisse! Tento sempre ajudar a criar consensos e unir pessoas em torno de uma causa comum, com paciência e um sorriso.

  • Se sua vida fosse uma bula, qual seria a principal contraindicação?

Contraindicado para quem aprecia longas discussões sem rumo ou reuniões intermináveis que não resultam em decisões concretas. Efeitos adversos podem incluir desconforto com a minha insistência em foco, eficácia e objetividade.

  • Qual é o maior efeito colateral de ser farmacêutico?

Acreditar que há sempre um remédio para qualquer “doença” – seja ele farmacológico ou não. Por vezes, a solução está numa boa conversa, ou até num simples gesto de cuidado. Afinal, ser farmacêutico é também ser um eterno otimista.

  • Qual foi a fórmula (ou decisão) mais inovadora que criou/tomou?

A minha candidatura à presidência do Conselho do Colégio de Indústria Farmacêutica. Decidi aceitar o desafio, arregaçar as mangas e lutar pela valorização do farmacêutico especialista de indústria, mostrando que juntos podemos transformar desafios em oportunidades.

  • Se pudesse desenvolver um medicamento revolucionário, para que seria?

Um biofármaco de reforço do orgulho e ser farmacêutico de indústria, porque somos essenciais. A valorização tem de começar por dentro.

  • Qual a sua dose diária de inspiração para enfrentar desafios?

O meu otimismo e positivismo, com a certeza de que no fim, haverá sempre motivos para celebrar.

  • Se pudesse trabalhar ao lado de qualquer cientista/personalidade da História, quem seria e o que desenvolveriam juntos?

Um botânico português: O Garcia de Orta. Para explorar o potencial terapêutico de plantas medicinais, combinando o conhecimento tradicional com a ciência moderna. Seria fascinante expandir o legado do seu pioneirismo para incluir as bases da fitoterapia e a farmacognosia contemporânea

  • Qual é o maior placebo na área da farmácia que todos precisam parar de acreditar?

Que o farmacêutico da indústria só vive de papéis e carimbos. Somos cientistas e gestores de impacto, e não se faz inovação sem nós

  • O que mais o/a cura nos dias difíceis?

Conversas com colegas, um abraço e uma palavra de carinho da minha mulher e dos meus filhos, e claro um bom copo de vinho. O equilíbrio é tudo

  • Qual a ‘interação medicamentosa’ perfeita entre farmacêuticos e outras áreas da saúde?

O reconhecimento de que somos todos parte de um sistema – cada área traz algo único e essencial para o bem-estar do doente. Juntos, somos mais fortes e capazes de alcançar melhores resultados.

  • Se pudesse prescrever uma receita para a profissão farmacêutica, o que incluiria?

Valorização 500mg, tomada com orgulho diário na profissão,

Aumento de competências 1g, com foco em áreas emergentes como biotecnologia e inteligência artificial.

Colaboração interdisciplinar 3x ao dia

  • Qual é o maior desafio de ‘manipular’ os problemas da profissão?

Adaptarmo-nos à inovação constante e ganhar novas competências que nos permitam acompanhar e liderar as mudanças na área da saúde, como a biotecnologia ou, mais recentemente, a inteligência artificial. O desafio está em garantir que a profissão evolui para responder às necessidades da sociedade, mantendo-se relevante e indispensável, sem que isso seja interpretado como um esforço corporativo, mas sim como um compromisso com a excelência e a inovação em benefício de todos. A chave está em alinhar o progresso da profissão com as expectativas e necessidades da sociedade

  • Qual é a ‘posologia’ para ser um bom líder no órgão a que concorre?

Muita escuta ativa, com doses regulares de boa disposição, e uma visão que inspire. Sempre com proximidade aos colegas.

  • Se pudesse eliminar uma única ‘reação adversa’ da profissão, qual seria?

O farmacêutico não elimina reações adversas; gere-as com cuidado e prepara-se para antecipar e mitigar os seus impactos. O nosso foco está no equilíbrio do risco-benefício, garantindo que os benefícios superam os riscos.

  • Qual é a sua visão para a Farmácia daqui a 10 anos?

Uma profissão mais valorizada e integrada, onde também o farmacêutico da indústria é reconhecido como uma peça chave na saúde e na inovação. E onde “o Diplomata” deixou um legado de união e progresso.