Descubra qual a ‘reação adversa’ que Luísa Rocha, candidata ao Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos (OF), pela Lista G, eliminaria da profissão ou ainda qual o princípio ativo que melhor descreve a sua personalidade.
- Qual é o princípio ativo que melhor descreve sua personalidade?
Escolheria a Oxitocina. Trata-se de uma hormona que promove ligação, empatia e confiança, qualidades que valorizo na minha atividade profissional. Acredito que a minha missão é construir pontes entre profissionais, doentes e instituições, promovendo um ambiente de colaboração e inovação, para fazer a diferença na saúde pública.
- Se a sua vida fosse uma bula, qual seria a principal contraindicação?
Uso contraindicado para quem teme a mudança e a inovação. Como Farmacêutica Hospitalar procuro, não apenas adaptar-me às mudanças, mas conseguir transformar processos obsoletos em soluções inovadoras que beneficiam doentes e profissionais.
- Qual é o maior efeito colateral de ser farmacêutico?
Estar constantemente atento aos detalhes. Por vezes, é difícil desligar a mente analítica, mesmo fora do ambiente de trabalho.
- Qual foi a fórmula (ou decisão) mais inovadora que criou/tomou?
Continuar a acreditar que é possível fazer a diferença! Que o trabalho em equipa permite alcançar os objetivos a que nos propomos, tal como diz o provérbio “Sozinhos até podemos ir mais rápido, mas juntos, conseguimos chegar mais longe”.
- Se pudesse desenvolver um medicamento revolucionário, para que seria?
Desenvolveria um medicamento antiburocrático que agilizasse processos administrativos sem comprometer a segurança. Este medicamento seria uma combinação de soluções tecnológicas inteligentes e reengenharia de processos, permitindo que profissionais de saúde dediquem mais tempo ao cuidado direto do doente, melhorando a eficiência e a satisfação de todos.
- Qual a sua dose diária de inspiração para enfrentar desafios?
O que me motiva diariamente é procurar fazer sempre mais e melhor. É verificar o impacto positivo desse trabalho na vida dos doentes e na eficiência do sistema hospitalar, por exemplo: no sorriso de um doente após um tratamento bem-sucedido; o brilho nos olhos de um jovem Farmacêutico ao implementar uma nova ideia; o reconhecimento de um profissional de saúde por uma intervenção farmacêutica crucial.
- Se pudesse trabalhar ao lado de qualquer cientista/personalidade da História, quem seria e o que desenvolveriam juntos?
Gostaria de trabalhar com Stephen Hawking, conhecido pela sua inteligência, sentido de humor e determinação. Embora tenha sido um físico teórico, a sua mente brilhante, a sua abordagem inovadora para problemas complexos, e os seus pensamentos “fora da caixa”, poderiam permitir-nos, certamente, inspirar e desenvolver novas perspetivas na área da Farmácia Hospitalar.
- Qual é o maior placebo na área da farmácia que todos precisam parar de acreditar?
Que o farmacêutico é alguém que apenas tem de garantir a dispensa de medicamentos. Somos profissionais estratégicos na gestão da saúde e no uso racional dos medicamentos e dispositivos médicos, e garantimos a segurança do doente em todo o circuito do medicamento.
- O que mais a cura nos dias difíceis?
O entusiasmo do aparecimento de ideias inovadoras e a certeza de que contribuo diariamente para algo maior: a saúde das pessoas. E, sem dúvida, o apoio da família e amigos. Só assim, conseguimos manter o equilíbrio.
- Qual a ‘interação medicamentosa’ perfeita entre farmacêuticos e outras áreas da saúde?
A colaboração interdisciplinar baseada no respeito mútuo, na troca constante de conhecimentos e no reconhecimento das competências únicas de cada profissional, que resultam em cuidados mais seguros e eficazes para os doentes.
- Se pudesse prescrever uma receita para a profissão farmacêutica, o que incluiria?
Proporia uma fórmula magistral para o fortalecimento da profissão farmacêutica:
- Princípio ativo: Valorização profissional
- Excipientes: Formação contínua + Partilha entre Farmacêuticos + Inovação tecnológica (q.b.p.)
- Posologia: Administrar continuamente, ajustando de acordo com as necessidades da profissão e da sociedade.
- Qual é o maior desafio de ‘manipular’ os problemas da profissão?
O maior desafio é encontrar o equilíbrio perfeito entre eficiência operacional e excelência clínica. É como manipular uma fórmula complexa: cada princípio ativo e excipiente (gestão, clínica, pesquisa, ensino) deve estar na proporção correta. O objetivo é criar uma preparação que otimize recursos sem comprometer a qualidade do cuidado prestado ao doente.
- Qual é a ‘posologia’ para ser um bom líder no órgão a que concorre?
Recomendaria a seguinte posologia:
Dose de carga: Escutar atentamente as necessidades dos colegas;
Manutenção: Transparência nas decisões e ações concretas;
Duração do tratamento: Até alcançar melhorias significativas para todos os Farmacêuticos Hospitalares.
- Se pudesse eliminar uma única ‘reação adversa’ da profissão, qual seria?
Eliminaria as situações em que ainda se verifica a subvalorização do Farmacêutico na equipa multidisciplinar de saúde que, em diversas ocasiões, priva os doentes de cuidados mais abrangentes e seguros.
- Qual é a sua visão para a Farmácia daqui a 10 anos?
Uma farmácia hospitalar ainda mais integrada à prática clínica, com farmacêuticos que possam liderar iniciativas em saúde digital, personalização terapêutica e políticas públicas inovadoras. Essas respostas refletem um equilíbrio entre profissionalismo, criatividade e paixão pela farmácia hospitalar.