Descubra qual a ‘reação adversa’ que Teresa Carvalho, candidata à presidência Conselho do Colégio de Especialidade de Assuntos Regulamentares da Ordem dos Farmacêuticos (OF), pela Lista D, eliminaria da profissão ou ainda qual o princípio ativo que melhor descreve a sua personalidade.
- Qual é o princípio ativo que melhor descreve sua personalidade?
“Empatol+colaboramina” (p.a. fictício). Empatia no escutar, entender os problemas e colaboração na procura de soluções e objetivos comuns.
- Se a sua vida fosse uma bula, qual seria a principal contraindicação?
Hipersensibilidade à substância ativa. Contraindicado para quem procurar soluções superficiais ou individuais.
- Qual é o maior efeito colateral de ser farmacêutico?
Insatisfação, um motor na procura de melhores soluções e resultados em saúde.
- Qual foi a fórmula (ou decisão) mais inovadora que criou/tomou?
Arriscar e abraçar uma oportunidade profissional na área dos “registos”, quando a área regulamentar era ainda embrionária e não fazia parte das saídas profissionais tradicionais dos farmacêuticos. A oportunidade de ver crescer e construir uma nova área de especialidade na nossa profissão.
- Se pudesse desenvolver um medicamento revolucionário, para que seria?
Novos antibióticos. Um contributo para combater a resistência antimicrobiana, atualmente uma das maiores ameaças à saúde a nível global.
- Qual a sua dose diária de inspiração para enfrentar desafios?
Com pessoas, para as pessoas.
- Se pudesse trabalhar ao lado de qualquer cientista/personalidade da História, quem seria e o que desenvolveriam juntos?
Steve Jobs. Pela sua visão disruptiva, capacidade de antecipar e dar resposta a necessidades não satisfeitas, idealizar soluções inovadoras e traduzir tecnologias complexas em soluções simples, privilegiando a experiência do utilizador.
Juntos, poderíamos explorar como melhorar a conceção e a utilização de tecnologias de saúde, dispositivos médicos e medicamentos, simplificar processos, melhorar o acesso dos doentes à informação e otimizar a comunicação entre doentes e profissionais de saúde.
- Qual é o maior placebo na área da farmácia que todos precisam parar de acreditar?
O papel do farmacêutico no sistema de saúde. Reforçar e divulgar a presença e importância do farmacêutico, nas várias valências e áreas de especialidade da profissão, como agente de saúde pública e de inovação.
- O que mais a cura nos dias difíceis?
Uma pausa, uma boa conversa, o apoio da equipa e, sempre, voltar ao meu propósito. Saber que posso e quero contribuir para a saúde e o bem-estar das pessoas, dá-me energia e ajuda-me a colocar os desafios em perspetiva.
- Qual a ‘interação medicamentosa’ perfeita entre farmacêuticos e outras áreas da saúde?
Colaboração, respeito mútuo e comunicação aberta. Uma abordagem integrada do doente e das suas necessidades por parte dos vários profissionais de saúde, contribuindo para o maior sucesso dos tratamentos.
- Se pudesse prescrever uma receita para a profissão farmacêutica, o que incluiria?
Aconselharia uma combinação de inovação, valorização profissional e desenvolvimento contínuo. Inovação para acompanhar as transformações científicas, tecnológicas, regulatórias e sociais; valorização do farmacêutico como um agente essencial na saúde pública; desenvolvimento contínuo para capacitar os profissionais num setor em constante evolução.
- Qual é o maior desafio de ‘manipular’ os problemas da profissão?
Equilibrar a crescente complexidade da regulação e exigências do setor com a pressão por agilidade e eficiência para acelerar a introdução no mercado e o acesso dos doentes a novos medicamentos e produtos de saúde.
- Qual é a ‘posologia’ para ser um bom líder no órgão a que concorre?
Compromisso com os especialistas em assuntos regulamentares, com a sua valorização, reconhecimento e qualificação, várias vezes ao dia, sem restrições.
- Se pudesse eliminar uma única “reação adversa” da profissão, qual seria?
Promover e reforçar a visibilidade dos Assuntos Regulamentares e o papel dos farmacêuticos especialistas. É este um dos pilares da nossa candidatura.
- Qual é a sua visão para a Farmácia daqui a 10 anos?
O doente com um papel cada vez mais interventivo e esclarecido na gestão da sua doença, requerendo cuidados de saúde cada vez mais personalizados e integrados. Nesta integração de cuidados, o farmacêutico terá um papel ainda mais estratégico na adoção de terapêuticas individualizadas e no acompanhamento terapêutico.
O ecossistema regulamentar também terá que evoluir, acompanhando os desafios da evolução científica e tecnológica, medicina de precisão, inteligência artificial, entre outros, desenvolvendo abordagens mais ágeis para garantir o acesso rápido dos doentes a novos medicamentos e tecnologias de saúde.