Rastreios nas farmácias identificam 4.500 portugueses com risco de diabetes
25 de julho de 2018
Cerca de 4.500 utentes foram identificados com risco moderado a muito alto de diabetes, no âmbito da ação de rastreio “NÃO à Diabetes” do Desafio Gulbenkian, que envolveu 383 farmácias, conforme revela um comunicado da Associação Nacional das Farmácias (ANF). Este rastreio, que decorreu entre novembro de 2017 e maio de 2018, tem como objetivo informar e prevenir o desenvolvimento da diabetes tipo 2, uma doença com custos importantes para o Serviço Nacional de Saúde. Durante este período, foram examinados 8.112 utentes, dos quais 2 mil foram reencaminhados para consultas médicas. Deste valor, foram diagnosticados 190 novos doentes diabéticos. Para o diretor do programa Gulbenkian Inovar em Saúde, da Fundação Gulbenkian, Jorge Soares, o sucesso desta intervenção deve-se a dois factores: «À eficácia do recrutamento e identificação das pessoas com risco de diabetes, através da colaboração excecional das farmácias. O segundo fator foi a educação das pessoas para o futuro, com foco nos centros de saúde». A médica no Centro de Diabetologia do Hospital Distrital de Santarém, Adelaide Ferreira, alertou que «uma diabetes não diagnosticada, não controlada, com um nível metabólico desregulado e elevados níveis de glicose no sangue, tem um maior risco de complicações e pode conduzir à morte».
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